Publicado em 06/12/2019 - politica - Da Redação
Objetivo da proposta é diminuir
burocracia e custos de novos empreendimentos para gerar mais emprego e renda no
estado
O
governador Romeu Zema lançou na quarta-feira (4/12), em Belo Horizonte, o
“Minas Livre Para Crescer”, programa da liberdade econômica do Estado. Minas
Gerais será pioneira na aplicação das diretrizes da Lei Liberdade Econômica em
sua legislação e procedimentos que influenciam o ambiente de negócios. O
objetivo é diminuir as burocracias e os custos para novos empreendimentos e,
consequentemente, gerar mais emprego e renda para a população mineira.
Zema
lembrou que a desburocratização do Estado sempre foi um dos pilares de seu
programa de governo. “Meu compromisso é simplificar a vida de quem trabalha,
investe e gera empregos. E aqui, hoje, nós estamos dando um passo enorme neste
sentido. Vamos mostrar que o governo de Minas está totalmente comprometido em
simplificar”, afirmou.
O
governador lembrou, ainda, os resultados positivos apresentados pela economia
do país e o protagonismo de Minas na geração de empregos, mas destacou a
necessidade de reformas estruturantes.
“Nós
vamos precisar, ainda, dinamizar a economia. A economia do Brasil está
respondendo adequadamente, e fico orgulhoso de saber Minas está contribuindo.
Só criou mais empregos do que nós o estado de São Paulo, e ainda tivemos a
tragédia de Brumadinho, que prejudicou - e muito - a nossa atividade no setor
de mineração. Minas está fazendo tudo o que é possível, mas o Poder Executivo
sozinho não vai dar conta. Nós precisamos ter essa reforma que, nós sabemos,
vai impactar todas as áreas do Estado”, finalizou o governador.
Marco
histórico
O
secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Adriano Magalhães, afirmou que
este programa será um marco importante na história do Estado, e que o projeto é
fruto de um planejamento estratégico desta gestão.
“Tínhamos
a missão de reorganizar e reestruturar o sistema operacional do desenvolvimento
econômico de Minas, definindo o trabalho estratégico na atração de
investimentos, desestatização e uma agenda que propiciasse um ambiente de
negócios em Minas Gerais voltado para a liberdade econômica”, disse o
secretário, destacando a criação de 124 mil novos postos de trabalho em Minas
(de janeiro a outubro de 2019) e a atração de R$ 50 bilhões em investimentos
compromissados no estado (até novembro de 2019).
Para
o presidente da Frente Parlamentar pela Desburocratização, deputado estadual
Guilherme da Cunha, o crescimento do Estado só irá acontecer se forem removidos
os obstáculos das burocracias. “Apenas voltando a crescer teremos contas em
dia. Quando simplificamos o ambiente de negócios, permitimos que as pessoas
prosperem, mudem de vida, transformem suas comunidades. Não é só o empreendedor
que se dá bem, mas também o cidadão desempregado”, afirmou.
Já o
presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg),
Flávio Roscoe, destacou a importância da iniciativa do governo mineiro para
recuperar o ambiente de negócios e o crescimento econômico.
“O
programa é muito positivo, visa restaurar a melhoria do ambiente de negócios.
Minas é um estado extremamente burocrático, outros (estados) já estão mais
avançados do que nós. O Estado também tem que ser simples, prático e útil para
ser eficiente. Com isso, nós vamos reduzir o custo de se produzir em Minas
Gerais, gerar mais emprego e renda. Iniciativas como essa são extraordinárias”,
afirmou Roscoe.
Funcionamento
A
instituição da Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, pelo Governo
Federal (Lei ordinária nº 13.874/2019), alterou diversas providências quanto
aos procedimentos estatais perante os empreendedores, especialmente em relação
aos pequenos negócios. Minas Gerais será o primeiro Estado a aplicar as novas
medidas.
O
programa será instituído a partir da elaboração e regulamentação da legislação
e demais normativas que estabeleçam garantias a livre iniciativa em Minas
Gerais; da desburocratização e simplificação de procedimentos de órgãos
estaduais que afetem o desenvolvimento de empreendimentos; da criação, no
âmbito da Ouvidoria
Geral do Estado (OGE), do canal de comunicação oficial para o empreendedor
em Minas Gerais; da difusão para a população dos efeitos das novas normas e
medidas; da garantir da aplicação das normas estabelecidas, tanto em nível
federal quanto estadual, pelos agentes públicos estaduais; e no apoio aos
municípios para que possam receber a legislação federal e estadual com foco na
liberdade econômica.
Com
isso, espera-se menos burocracia e diminuição dos custos para se empreender,
aumento da concorrência e competitividade dos empreendimentos, racionalização e
otimização da atividade estatal e atração de novos investimentos e,
consequentemente, a geração de emprego e renda.
O
vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, Marco
Antônio Gaspar, se disse otimista com a nova proposta do governo estadual.
“Temos que construir ambiente de negócios mais simples, que estimule empresas a
investir e gerar empregos. Com a liberdade econômica vamos colocar Minas e o
Brasil em um ciclo virtuoso, já que 38% da população brasileira é de
empreendedores”, analisou.
O
presidente do Sistema Faemg e presidente do Conselho Deliberativo Estadual do
Sebrae em Minas Gerais, Roberto Simões, destacou a importância de o Estado
abrir oportunidades para o setor privado ajudar a recuperar a economia do
Estado. “Tudo isso é um sonho do empresariado. São ações que não demandam
recursos, pois sabemos das dificuldades financeiras do Estado”.
Já o
primeiro vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Antônio Carlos
Arantes, destacou que a união dos setores poderá fazer a diferença na economia
mineira. “É preciso ser otimista, acreditar no Estado. Temos empresários que
acreditam e investem. Juntos faremos um Estado melhor”, reforçou.
Também
participaram da cerimônia de lançamento do programa secretários de Estado,
deputados estaduais, empresários, representantes de entidades e lideranças do
setor.
SEGOV