Com o objetivo de capacitar prefeitos e gestores municipais, o evento é
composto por painéis com autoridades e expoentes do direito público,
trabalhando temas como as mudanças nas cobranças de taxas nos municípios e a
nova dinâmica para receber emendas parlamentares dos deputados federais.
Diante da plateia composta por gestores públicos, o governador voltou a
defender a necessidade da aprovação, pelo Legislativo mineiro, de reformas
estruturais para que o Estado volte a ter capacidade de investimento e avance
no desenvolvimento econômico e social.
“Temos que repensar o Estado. Vamos encaminhar para a Assembleia Legislativa a
reforma da Previdência, na qual queremos incluir os municípios. O setor
público vai ter de se reinventar para poder contribuir com a população, que já
paga tantos impostos. Então, os deputados estaduais vão ter um ano de grandes
desafios, como eu: votar a reforma da Previdência estadual e municipal, votar o
Regime de Recuperação Fiscal e votar privatizações”, afirmou Romeu Zema.
Ele destacou ainda a necessidade de reestruturação completa do
Estado, para que a corrupção seja erradicada e o ônus financeiro deixe de
recair somente sobre a população, por meio do pagamento de impostos.
“Nós vamos precisar conduzir essas mudanças. Nós sabemos que o Brasil passou
por uma crise moral, um período em que a corrupção parecia ser a normalidade e
a eleição de 2018, talvez, tenha sido um basta nesse sistema que privilegiou o
que era errado”, enfatizou.
O vice-presidente da Assembleia Legislativa, Antônio Carlos Arantes, também
frisou que o compromisso de salvar o Estado deve estar em todas as esferas,
inclusive no Legislativo.
“Romeu Zema realmente assumiu o Estado em situação muito difícil, mas já
conseguiu subir vários degraus. Porém, existem alguns degraus pesados ainda,
como o Plano de Recuperação Fiscal. Eu tenho dito que, hoje, o principal papel
do agente político é contribuir para o desenvolvimento de Minas Gerais, para
que o Estado saia desse buraco. Posso dizer que o governador está fazendo a sua
parte, mas ele sozinho não consegue. E é hora de cada vereador, cada prefeito,
ter diálogo com o seu deputado, porque as ações de contribuição serão penosas,
terão desgaste. Salvar Minas Gerais não vai ser na alegria, vai ser na dor”,
disse.
O fundador e diretor do Instituto Plenum Brasil, André Azevedo, ressaltou a
importância da renovação política para alcançar as mudanças necessárias.
“Hoje, neste evento, a palavra que define é desafio. O nosso governador pegou
um Estado com muitas dificuldades financeiras, e isso é um ato de coragem. Essa
gestão tem dado uma cara de dinamismo para uma estrutura tão arcaica. Política
não é um lugar de pessoas acomodadas”, afirmou.
O deputado Guilherme da Cunha lembrou que novas formas de fazer política também
podem evitar que os municípios fiquem tão sobrecarregados com a busca por
recursos.
“A constituição federal coloca um mundo de atribuições em cima de prefeitos e
gestores municipais, mas entrega muito pouco suas receitas próprias aos
municípios. E isso é ruim, porque faz com que o precioso tempo em que cada
gestor poderia estar olhando para a sua cidade seja gasto fazendo contato com o
poder público em Brasília e em Belo Horizonte”, defendeu.
Também participaram da cerimônia o membro do Conselho de Ética Pública do
Estado de Minas Gerais, Lucas Bessoni; o reitor do Centro Universitário
Metodista Izabela Hendrix, Luciano Sathler; entre outras autoridades.
SEGOV