Secretário de Defesa Social pede exoneração do cargo em Minas

Publicado em 29/03/2016 e atualizado em 29/03/2016 - politica - Da Redação

Secretário de Defesa Social pede exoneração do cargo em Minas

Bernardo Santana apontou a necessidade de assumir atividades partidárias neste ano de eleições municipais para justificar a saída da Seds

O Secretário de Estado de Defesa Social (Seds), Bernardo Santana de Vasconcellos, pediu exoneração do cargo para se dedicar a atividades partidárias, informou a assessoria da pasta, por meio de nota, na manhã desta terça-feira (29).

Antônio Armando dos Anjos, que estava à frente da Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (Suase), assume interinamente.

Vasconcellos atuou como secretário por um ano e três meses. Ele apontou a necessidade de assumir atividades partidárias neste ano de eleições municipais para justificar a saída da Seds e reafirmou que seu partido, o PR, continua na base de apoio do governo do Estado.

Subsecretaria teve troca-troca em 2015

O secretário adjunto de Defesa Social, Rodrigo de Melo Teixeira, assumiu, em 1º de setembro do ano passado, a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) interinamente, até que um novo nome fosse escolhido. No último dia de agosto, o então subsecretário da Suapi, Edilson Ivair Costa, pediu exoneração do cargo, em meio à crise de superlotação dos presídios. Sua saída ocorreu menos de dois meses depois de ele assumir o posto.

Ivair Costa havia entrado no lugar de Marco Antônio de Padova, que pediu demissão no início de julho após desentendimentos com o secretário de Estado de Defesa Social, Bernardo Santana.

Relações. Os problemas de relacionamento dentro da Suapi foram mostrados pela reportagem desde maio de 2015, quando os servidores de carreira ameaçaram colocar os cargos à disposição. Eles demonstraram insatisfação com interferências políticas na pasta. “Tudo que ele (secretário Bernardo Santana) faz passa por cima dos subsecretários, ele nunca escuta o que eles têm a dizer”, contou um servidos à reportagem, antes mesmo da saída de Padova.

O procurador Antonio de Padova também saiu dando indícios de seu descontentamento com a gestão de Santana. “Nenhuma instituição pode aspirar ao crescimento se não cultivar o mínimo ético entre seus membros, mantendo postura de consideração e respeito senão à pessoa, ao menos ao cargo por ela ocupado”, disse.

FONTE: JORNAL O TEMPO / FERNANDA VIEGAS