TERCEIRIZAÇÃO - Deputado Arantes sofreu tentativa de agressão durante audiência em BH

Publicado em 14/06/2015 e atualizado em 14/06/2015 - politica - Da Redação

TERCEIRIZAÇÃO - Deputado Arantes sofreu tentativa de agressão durante audiência em BH

O deputado estadual Antônio Carlos Arantes (PSDB) defende o projeto de lei que regulamenta a terceirização da mão de obra em empresas. No mês de maio, inclusive, aconteceu audiência pública na Assembleia Legislativa para tratar do tema, sendo uma iniciativa de Arantes como presidente da Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo. Falando à nossa reportagem, o parlamentar também comentou sobre as tentativas do CREA/MG de atuação na área rural, o que poderia gerar mais dificuldades ao homem do campo.

CONSEQUÊNCIAS - Arantes revelou que quase foi agredido por sindicalistas durante a audiência pública na Assembleia devido à grande participação de grupos ligados a sindicatos e à CUT - Central Única dos Trabalhadores. O parlamentar conta que o PT e a CUT pregam contra a terceirização, sendo que não compartilha do mesmo pensamento. “Uma das coisas mais maléficas no mundo é acabar com terceirização”, disse.
O deputado citou o exemplo da Cooxupé, uma grande empresa que poderá ficar numa situação complicada com o fim da terceirização. Segundo informações, mais de 500 proprietários de caminhões prestam serviço para a cooperativa. Da mesma forma, a grande maioria dos produtores de café da região utiliza mão de obra terceirizada durante o período da colheita e será prejudicada. Por fim, a situação atinge muitos pequenos empresários que prestam serviços em diversas áreas. Apenas as grandes empresas poderão efetivar os empregados, perdendo a competitividade e gerando desemprego. “Acabar com a terceirização é acabar com o empreendedor. Toda grande empresa, um dia foi pequena e já prestou serviço terceirizado”, disse.

INTERESSE - Para Arantes, o PT e a CUT defendem o fim da terceirização porque a concentração dos empregados numa grande empresa facilitará a atuação e arrecadação pelos sindicatos trabalhistas. “Sou favorável à terceirização com o devido respeito a todos os direitos trabalhistas”, falou o deputado. Entende que o projeto em questão apenas visa normatizar uma situação que já existe no país há muitos anos. Para ele, se o Brasil deseja o desenvolvimento, deve promover o estímulo, emprego e renda.

TENTATIVA DE AGRESSÃO - O deputado estadual confirmou ter sofrido uma tentativa de agressão durante a audiência pública. Os sindicalistas presentes usaram faixas para chamar de “ladrão” todas as pessoas (empresários e produtores) com posicionamento favorável à terceirização. No seu pronunciamento, Arantes defendeu a terceirização, enfrentando as provocações e até mesmo uma tentativa de agressão física por parte de um sindicalista. Foi preciso a intervenção de colegas deputados e seguranças da Assembleia. “Sindicalistas radicais estão de olho na contribuição sindical dos trabalhadores e nunca na qualidade de vida do trabalhador e nem mesmo no fortalecimento das pequenas e médias empresas que trabalham com terceirizados”, disse.

NA PRÁTICA - Arantes confessa ser “fruto da terceirização”. Isto porque em 1989 foi proprietário de uma pequena empresa que prestava serviços para a Votorantim no plantio de eucaliptos. Os funcionários terceirizados tinham um salário fixo, mais ganho por produtividade. “Todos ganharam dinheiro”, revelou. Depois, em 1992, também prestou serviço na produção de mudas de café. Sua empresa contava com cerca de 20 funcionários efetivos e quase 200 pessoas trabalhando no pico de produção. Novamente, todos ganharam dinheiro e melhoraram a qualidade de vida. “Defendo porque vivi a prática”, justificou. Acredita que, da forma como o PT e os sindicalistas pregam, milhões de empregos desaparecerão no país. Ao mesmo tempo, a concentração em grandes empresas facilitará a maior arrecadação sindical, oprimindo os pequenos projetos empreendedores.