Publicado em 01/07/2015 - regiao - Da Redação
Se existia alguma chance de a Alcoa reativar sua linha de produção de alumínio em Poços de Caldas ela acabou na terça-feira (30), quando a diretoria da empresa anunciou o fechamento, em definitivo, do setor de fundição instalado na unidade local.
A empresa que no passado chegou a empregar mais de três mil trabalhadores, sendo considerada uma das maiores contribuintes do ICMS no Estado e a principal fonte de receita do município, permanecerá desativada por tempo indeterminado, sem previsão quanto ao futuro das suas instalações, assim como do equipamento utilizado na fabricação do alumínio.
O fechamento da fundição, além de resultar em novas demissões será outro duro golpe na receita do município que já está em queda devido a desaceleração da economia, influindo diretamente no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), e Imposto Sobre Serviços (ISS)..
A assessoria da Alcoa informou que foram as condições de mercado que levaram a esta decisão, já que a redução nas linhas de produção, em 62 mil toneladas, não melhorou o desempenho da empresa.
“O fechamento da unidade de Poços retira permanentemente uma unidade de alumínio primário de alto custo do sistema da Alcoa e é mais um passo na criação de uma atividade de metais primários mais lucrativos”, afirmou o presidente de produtos primários globais da Alcoa, Bob Wilt.
SINDICATO TEME NOVAS DEMISSÕES
Com o fechamento da unidade, a capacidade total de produção neste segmento será reduzida em 96 mil toneladas, caindo para 3,4 milhões de toneladas. Ainda segundo a empresa, a mina, a refinaria, a fábrica de alumínio em pó e a casthouse de Poços continuarão operando.
De acordo com o presidente do sindicato, Ademir Angelini, ele ainda não foi comunicado oficialmente sobre o fechamento. Atualmente 650 funcionários trabalham na unidade de Poços de Caldas, nas funções administrativas e de produção. Em 2014, com a paralisação da produção, 250 trabalhadores foram demitidos.
Neste mês, o sindicato acionou o Ministério Público do trabalho pedindo informações sobre novas demissões que estariam acontecendo desde novembro. A Alcoa ainda não apresentou resposta sobre as demissões. Ainda de acordo com Angelini, existe preocupação com a situação e acredita que com este fechamento, novas demissões serão feitas.
Fonte: Blog Polli