Crise na Câmara de Botelhos

Publicado em 17/02/2012 - regiao -

Promotor instaurou processo para apurar denúncia

No dia 13 de janeiro, o vereador Eduardo José Alves de Oliveira (PP) protocolou denúncia no Ministério Público da Comarca de Botelhos questionando gastos do presidente da Câmara Pedro Guilherme Gonçalves (PMN), mais conhecido como “Pedro Muleta”, além de Glaydston Danilo Peres (PR) e Rovilson Donizete Nanini (PTB), durante viagem a Belo Horizonte nos dias 09 e 10 de dezembro de 2011. Na ocasião, os três participaram de um curso e gastaram o total de R$ 5.642,10, valor que Eduardo considerou muito alto. Os gastos foram assim discriminados: R$ 1.161,00 (inscrição no curso), R$ 1.261,89 (passagens de avião), R$ 800,00 (táxi até Campinas/SP), R$ 872,40 (táxi em Belo Horizonte), R$ 628,05 (alimentação) e R$ 918,76 (hotel). O presidente da Câmara, Pedro Muleta, negou que tenha ido a uma boate em Belo Horizonte, acrescentando que tomará medidas judiciais contra o acusador. Também garantiu que vai prestar contas ao Ministério Público. Alegou que o caso se trata de um “jogo político” e as denúncias serão esclarecidas ao Promotor de Justiça.
No dia 24 de janeiro, em reunião realizada com a maioria dos vereadores, os membros da mesa diretora Pedro Guilherme Gonçalves, Rovilson Donizete Nanini e Glaydston Danilo Peres, visando não prejudicar os trabalhos do Legislativo e que estes transcorram dentro da maior normalidade, decidiram renunciar aos seus cargos na mesa diretora. A presidência da Câmara Municipal foi assumida pelo vereador Olair Donizete Figueiredo.
Nesta semana, p representante do Ministério Público da Comarca de Botelhos, Promotor Dr. Antônio Diogo da Rocha, instaurou inquérito civil para apurar denúncia apresentada pelo vereador Eduardo José Alves de Oliveira (PP). Numa primeira fase, o Promotor ouviu os depoimentos do vereador denunciante, vereadores e contadora da Câmara. Outras testemunhas também deverão ser ouvidas. A documentação necessária foi encaminhada a um perito para elaboração de laudo. Após o resultado do laudo, o objetivo é colher os depoimentos dos três vereadores denunciados. Com isso, segundo o Promotor, será possível tomar as medidas legais cabíveis. A autoridade espera concluir o processo num prazo de 30 dias.