Publicado em 10/08/2015 - regiao - Fernando de Miranda Jorge
Sentida demais, muito sentida a interrupção nesta gincana da vida de Cério Tiso Monteiro, 77. Talvez pela maneira intransigente, e nada esportiva. Como ocorre nas “gincanas” de brincadeiras. Fora de seu domicilio, dos seus demais parentes e de seus verdadeiros amigos, que, digamos e passagem, ele gostava de estar junto de nós. O destino escolheu a terra do tango para seu último momento, mas não teve contratempo algum, pois ele desafiava todos os ritmos. Quando não dominava um destes, continuava dançando ao sabor do vento. A passagem do amigo, deste para o outro mundo, nos roubou o direito que todo ser humano tem de receber as homenagens póstumas, as solidariedades pontuais, imediatamente após o triste e trágico acontecimento. O abraço derradeiro. Não sei. Ele se foi, mas não veio para o meio de nós. Quatorze longos dias de expectativa e angustiosa espera para a realização da derradeira tarefa desta vida, talvez a mais difícil, que é o desligamento deste mundo. Cério, o Teco falado, foi um vencedor, conquistando muitas medalhas na competitiva luta pelo bem viver. Foi um grande amigo de todos e para todos. Para mim, um dos melhores, um irmão em todos os sentidos de irmandade. Quem conviveu com ele, desfrutou e aprendeu muito de como ser digno e honrado, sem perder a esperança, jamais. Agora, o Teco, para nós outros, vai participar da “gincana” de lá, do outro lado, onde desconhecemos quais serão suas tarefas. Mas, “se você quiser encontrar o Cério, não vá mais aos lugares por onde ele andou ou morou. Já não mora mais na sua casa, nem viaja mais por aí”...
Fernando de Miranda Jorge - Jacuí/MG E-mail: fmjor31@gmail.com