Publicado em 09/09/2016 - regiao - Da Redação
Teve início, na manhã da quinta-feira (8), a greve dos bancários em Poços de Caldas e região. Centenas de trabalhadores foram às ruas manifestar sua insatisfação com relação à última proposta de reajuste salarial oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A paralisação começou por volta das 8h, com as primeiras agências de Poços lacradas com faixas e panos pretos, com cartazes colados nas fachadas dos bancos sinalizando a greve.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Ramo Financeiro de Poços de Caldas e Região (Sintraf-PCR), nos 26 municípios que compõem sua base territorial, 80% das agências foram paralisadas logo no primeiro dia de greve. Em Poços, das 20 agências bancárias instaladas na cidade, 18 já aderiram ao movimento. Apenas as duas filiais da Caixa Econômica Federal localizadas na rua São Paulo, no Centro, ainda não decretaram greve. Negociações entre o Sindicato e os trabalhadores de ambas as agências estão em andamento. Mas até o momento não há previsão de paralisação de ambas.
No total, a greve dos bancários já alcançou 18 cidades da região. São elas: Andradas, Arceburgo, Botelhos, Caldas, Campestre, Cássia, Guaranésia, Ibiraci, Ipuiúna, Jacuí, Juruaia, Monte Belo, Monte Santo de Minas, Nova Resende, Poços de Caldas, Pratápolis, Santa Rita de Caldas, São Sebastião do Paraíso.
Reivindicações
Os bancários reivindicam a reposição da inflação, projetada em 9,57% para agosto deste ano, mais 5% de aumento real nos salários. A próxima rodada de negociação entre representantes da categoria e da Fenaban vai acontecer nesta sexta-feira (9), em São Paulo. O presidente do sindicato dos bancários de Poços e região estará pessoalmente na mesa de negociação com os banqueiros. Agnaldo Viana será um dos únicos representantes da federação presentes na reunião.
Caso não haja uma contraproposta considerada justa para a classe trabalhadora, a tendência é que mais profissionais adiram à greve na região, o que representará mais postos de atendimento desativados temporariamente. “A greve muitas vezes se torna é necessária para a garantia dos direitos da classe trabalhadora, bem como para a melhoria das condições de trabalho, e também para assegurar que o profissional tenha rendimentos compatíveis com os índices anuais de inflação e correção monetária. Nosso objetivo não é prejudicar a vida do cidadão, ao contrário, melhorar a qualidade dos serviços prestados à sociedade. Para isso, precisamos de salários mais justos e de melhores condições dentro do ambiente das agências”, ressalta Viana.
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