Poços de Caldas reivindica construção de presídio

Publicado em 08/06/2010 - regiao - Assessoria de Comunicação

O aumento do número de servidores dos órgãos ligados à defesa social, a construção de um presídio e de um centro de internação para os adolescentes infratores foram as principais reivindicações apresentadas à Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que esteve na segunda-feira (07), em Poços de Caldas (Sul de Minas). A audiência integra o calendário de visitas da comissão a 20 cidades para traçar um diagnóstico da segurança pública do Estado. De acordo com o presidente da comissão, deputado João Leite (PSDB), o relatório das visitas subsidiará um fórum técnico sobre o tema que será realizado na ALMG entre 11 e 13 de agosto. Também será publicado um livro para orientar a votação do Orçamento e a revisão do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), informando onde há maior necessidade de aplicação dos recursos da segurança pública. Apesar das dificuldades, Poços de Caldas é uma cidade privilegiada quanto à segurança, segundo dados apresentados durante a reunião. Para o deputado Carlos Mosconi (PSDB), os índices positivos são resultado da qualidade de vida da cidade, que apresenta a primeira posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Minas e o 20º lugar do Brasil. No entanto, de acordo com o parlamentar, isso não tira a cidade do mapa das drogas, e a população quer saber se o Estado está preparado para enfrentar o alastramento do uso do crack, por exemplo. “Faltam respostas para tranquilizar a população. O que fazer com os dependentes? Para onde podemos levá-los?”, comentou o deputado.
Poços de Caldas tem menor índice de criminalidade de Minas
O chefe do 18º Departamento de Polícia Civil, Antônio Carlos Correa de Faria, informou que Poços de Caldas é a cidade de Minas com o menor índice de vulnerabilidade juvenil e a quarta do Brasil, segundo dados do Ministério da Justiça. O número de crimes violentos foi reduzido de 248 em 2007 para 112 em 2009, ou seja, um decréscimo de 110%. Segundo Faria, a polícia tem dado prioridade à repressão a esse tipo de crime, o que resultou em uma taxa de elucidação de 100% dos homicídios, sequestros e roubos a postos de gasolina. “Fazemos uma repressão rigorosa ao tráfico, com 31 prisões de traficantes em 17 flagrantes, entre 2009 e 2010”, informou.