O questionário de clima escolar foi aplicado em 2017 e contou com 5.080
respondentes, sendo mais de 4.800 alunos, além de gestores e professores de
todas as escolas municipais que têm Ensino Fundamental II.
“Quando falamos em clima escolar, estamos tentando buscar percepções acerca de
diversas dimensões que existem na escola”, explica a secretária. O questionário
abordou 8 dessas dimensões: as relações com o ensino e com a aprendizagem; as
relações sociais e os conflitos na escola; as regras, as sanções e a segurança
na escola; as situações de intimidação entre alunos; a família, a escola e a
comunidade; a infraestrutura e a rede física da escola; as relações com o
trabalho; e gestão e a participação.
“Na nossa trajetória na secretaria, buscamos um planejamento que viesse
primeiro acompanhado de um diagnóstico da rede, uma vez que a proposta de
elaboração do currículo acontecerá no ano que vem, em consonância com o
currículo de Minas. Não concebemos a possibilidade de a escola construir um
currículo sem ter antes um diagnóstico da sua realidade. Por isso, o objetivo
da aplicação do questionário do clima escolar foi, acima de tudo, fornecer
subsídios para que cada escola pudesse pensar sobre a sua realidade para além
daquela sensação que, evidentemente, existe em todas as pessoas que frequentam
a instituição escola”, informa Flávia.
A pesquisa foi realizada em parceria com a Fundação Carlos Chagas. O assistente
técnico de Pesquisas e Avaliação Educacional da Fundação, Adriano Moro,
acompanhou a secretária durante sua participação na Câmara. Ele é o responsável
pela compilação dos dados da pesquisa, que foi realizada pela equipe de
estatísticos da FCC.
“Esses instrumentos de medida foram devidamente validados, passaram por todo um
rigor de validade de conteúdo e de constructo e foram aprovados na Unicamp,
como parte do meu doutoramento e também compartilhado no exterior, com diversas
pesquisas que avaliam o clima escolar e tratam de fazer algumas relações acerca
do desenvolvimento, tanto na perspectiva do desempenho escolar como no combate
ou enfretamento à violência na escola”, destaca Moro. Ele aproveitou para
parabenizar a Câmara pela iniciativa, uma vez que a rede municipal de Poços de
Caldas é a primeira do Brasil a realizar a mensuração do clima escolar.
Resultados
“Em todas as dimensões, houve uma percepção muito significativa que
consideramos intermediária, embora o resultado geral seja mais positivo que
negativo”, aponta a secretária Flávia Vivaldi.
No final de 2017, todos os gestores receberam os resultados referentes à sua
unidade. Neste ano, nos horários de estudos coletivos, esses resultados foram
compartilhados com a equipe da escola para que, a partir desse momento de
reflexão, os profissionais pudessem elencar quais são os pontos fortes
percebidos nos resultados e quais são os que demandam mais atenção no sentido
de mudar a direção das ações desenvolvidas.
ASCOM