Publicado em 26/12/2013 - regiao - Da Redação
Grupo A Quatro Vozes, Viviane Barreto e Estação do Rosa. A união desses talentos, dessas vozes e dessas histórias nasceu um belíssimo espetáculo: Identidades Gerais.
No palco uma representação tão genuína de mineiridade. Um show com cheiro de terra molhada, com jeito de reunião de família em volta da mesa, com gostinho de café com queijo...e com a cara da gente...da nossa gente.
Vozes que sozinhas, sem o acompanhamento de qualquer instrumento, já são música, uma beleza difícil de traduzir. Os instrumentos usados com maestria por grandes músicos, recriavam sons e impressões que não tinha jeito de não se sentir nas terras das Gerais. Um repertório cuidadosamente selecionado, permeado por textos e pelo olhar de Guimarães Rosa e Adélia Prado. Tudo isso criando um universo especial de sentidos e sentimentos. Um universo em que a vida do vaqueiro vira exemplo de honradez, e nos causos de menino e nas histórias da chuva, vemos o quanto de poesia se esconde em atos rotineiros do cotidiano mineiro.
Como generosas anfitriãs, as guaxupeanas do A Quatro Vozes ofereceram o palco ao talento de Viviane Barreto e das cantoras do Estação do Rosa e o que se viu foi de uma beleza singular...tudo tão simples...tudo tão complexo...tudo tão mineiro.
Quando no palco, o grupo A Quatro vozes deu um show de energia, de perfeita combinação de vozes, repertório, técnica e coração.
O final, podemos dizer que foi apoteótico. Subiram ao palco representantes das Folias de Reis. Se até aquele momento o espetáculo já havia sido emocionante, dali para a frente o que
se viu é, mais uma vez, difícil de ser traduzido em palavras. Tantas vozes, tantas histórias, tanta generosidade e tanta beleza. Juntos, todos esses talentosos artistas mineiros cantaram clássicos como Cálix Bento e a Bandeira do Divino. Emocionante.
A cena cabe perfeitamente nas palavras de Adélia Prado que utilizo para encerrar a matéria em especial reverência ao espetáculo que pudemos acompanhar do cortejo ao show...Identidades Gerais...”travessou a minha vida e virou só sentimento.”



Fonte: ASCOM