Publicado em 22/01/2013 - saude - Da Redação
Apesar dos avanços, especialista diz que a vida moderna propicia o aumento no número de casos
O câncer de mama continua sendo um desafio. A incidência deste câncer aumenta 1% ao ano. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), a previsão para 2013 é de 55 mil novos casos de câncer de mama e 13 mil mortes.
O mastologista da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica, Dr. Sérgio Bruno, faz um panorama de como está a medicina hoje para estes casos. “Tivemos avanço no tratamento, no diagnóstico precoce, na conscientização da prevenção e na tecnologia, com equipamentos mais sofisticados, tudo para melhorar a situação do câncer de mama.
O progresso na cirurgia foi muito grande, sendo possível, hoje, a oncoplastia com a reconstrução imediata da mama. Houve progresso também na quimioterapia, já que a indústria farmacêutica tem investido bilhões de dólares”.
No entanto, em contrapartida a este avanço, o especialista faz um grave alerta: tem-se diagnosticado a doença em mulheres cada vez mais jovens, muitas vezes, abaixo dos 35 anos. “Um dos fatores causais relacionados a este contexto diz respeito ao desenvolvimento. Nas regiões mais desenvolvidas, a incidência da doença é maior. Talvez, a vida moderna esteja propiciando o aumento no número de casos. A alta competitividade do mercado, o estresse, a ansiedade, o medo, são todos fatores que contribuem para a maior incidência do câncer”.
E essa mudança no estilo de vida também prejudicou outros dois fatores naturais protetores contra o câncer: a gravidez e a amamentação. “A mulher quer ter poucos ou nenhum filho e, quando tem, amamenta menos por falta de tempo, sendo que amamentação e gravidez são dois grandes fatores protetores contra este câncer”.
Na opinião do mastologista, a falta de informação e o medo são os principais inimigos da doença e que retardam o diagnóstico. “Por isso, é fundamental campanhas de conscientização, pois chamam atenção para o tema e trazem mais esclarecimentos. É importante frisar que o câncer de mama, se diagnosticado no início, tem grandes chances de cura”.