Publicado em 27/04/2012 - saude - Assessoria de Comunicação
O Dia Nacional de Combate à Hipertensão é geralmente marcado por atividades com o objetivo de alertar a população à respeito desse mal silencioso e mostrar, também, a necessidade e a importância do tratamento dessa doença. Em São Sebastião do Paraíso as ações não ocorrem somente em 25 de abril, mas a existência de um trabalho contínuo é registrado quase que diariamente, através das Unidades de Saúde da Família (USFs) e o Ambulatório Municipal.
Conforme levantamento, cerca de 5.200 pessoas estão cadastradas no município com quadro da doença.Hiperdia — Desde 2001 que a Secretaria Municipal de Saúde possui o serviço de atendimento aos pacientes de hipertensão, chamado de Hiperdia. O programa tem como missão coordenar a estruturação da rede de atenção à saúde da população com hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e doença renal crônica, por meio de um sistema regionalizado e integrado de ações em saúde. Como resultado, espera-se que esse programa possibilite o aumento da longevidade da população, acompanhado da melhoria de sua qualidade de vida, por meio de intervenções capazes de diminuir a morbimortalidade por essas patologias.
Em nível de Atenção Primária à Saúde, a Rede Hiperdia ancora-se na prática de novas diretrizes clínicas, especialmente pelas equipes da estratégia de Saúde da Família. Elaborou-se uma linha-guia baseada na abordagem populacional dessas condições crônicas, as quais foram estratificadas e a partir disso, determinou-se toda a organização da assistência, ou seja, as competências, as atribuições dos seus profissionais e a atenção programada a esses usuários. Em nível de Atenção Secundária à Saúde, a rede tem como uma de suas principais estratégias a implantação de Centros de Atenção Secundária para usuários com essas condições crônicas e maior complexidade.
De acordo com Leide Aparecida de Pádua, enfermeira responsável técnica pelo Hiperdia em Paraíso, “através do cadastramento dos pacientes, conseguimos formar o perfil epidemiológico que vai possibilitar aos gestores tomarem as providências e definir as ações a serem aplicadas”, comenta. Tanto nas USF como no ambulatório onde são atendidos os hipertensos da zona rural existe o cadastro, o histórico de consultas, medicamentos ministrados e de onde é feito todo o acompanhamento do paciente. As informações são repassadas aos governos federal e estadual que também auxiliam no envio de medicamentos e outros recursos e materiais.
Somente no ambulatório o atendimento é feito por uma equipe formada por enfermeiros, médicos, cardiologistas, nutricionistas entre outros especialistas que fazem as orientações e encaminhamentos necessários. “Em algumas situações temos até psicólogos, educadores físicos que auxiliam na definição da melhor forma de tratamento”, comenta Leide. Tanto na cidade como na zona rural são formados grupos de pacientes que recebem material informativo sobre a prevenção e cuidados gerais para que estas pessoas tenham uma vida saudável. “São medidas que ajudam a reduzir custos e gastos como hemodiálise, tratamento de acidente vascular cerebral, porque a prevenção em toda a população é a melhor medida a ser adotada e o tratamento adequado ajuda na longevidade dos pacientes”, conclui.