Notificações por febre amarela estão em declínio, afirma governo de MG

Secretário de Saúde Sávio Souza Cruz afirma que "operação de guerra" montada para combater a proliferação da doença mostrou-se eficaz

Em esforço para controlar o maior surto de febre amarela do país desde a década de 1980, com foco de casos em Minas Gerais, o governo mineiro afirma que os números mais recentes já mostram declínio do número de casos da doença. O secretário estadual de Saúde, Sávio Souza Cruz, afirma que a “operação de guerra” montada para diminuir a incidência já apresenta os primeiros efeitos.

“Há cerca de 40 dias vivemos um grave surto de febre amarela em Minas Gerais. Isso fez com que realizássemos uma imensa mobilização de esforços. Em janeiro, recebemos 3,5 milhões de doses da vacina do Ministério da Saúde e distribuímos cerca de 2,5 milhões nas áreas afetadas e o outro 1 milhão nas outras áreas do Estado”, afirma o secretário.

Ele acrescenta que a distribuição da vacina foi priorizada em 152 municípios, com equipes deslocadas para os vales do Rio Doce e Mucuri e demais áreas englobadas na região em alerta. Até helicópteros da Polícia Civil foram usados para agilizar a distribuição.

“A gente observa um declínio na entrada de novos casos, sinalizando que toda essa operação de guerra que foi montada pelo governo de Minas vem tendo efeito”, diz Sávio Souza Cruz.

Prevenção

A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte vai instalar nesta sexta-feira (3) telas de proteção com inseticidas no Hospital Infantil João Pedro II, no Santa Efigênia. A medida é para combater o mosquito Aedes aegypti e prevenir pacientes e funcionários da unidade contra dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Equipe de zoonoses estiveram no hospital e realizaram um "pente fino" em toda a área hospitalar.

A ação é uma continuidade da iniciativa que começou com a aplicação das telas no Hospital Eduardo de Menezes, no mês passado. A unidade recebe pacientes internados com suspeita de febre amarela oriundos do interior de Minas Gerais. Os próximos trabalhos serão feitos nas UPAs (Unidade de Pronto-Atendimento) da capital mineira.

FONTE: JORNAL O TEMPO