Publicado em 16/07/2010 e atualizado em 16/07/2010 - saude -
A água pode ser poluída por uma vasta gama de produtos, que podem ser agentes químicos (agrotóxicos), físicos (radioatividade) e comumente por agentes biológicos (bactérias). A água poluída pode causar diversos efeitos prejudiciais à saúde, tais como: febre tifóide, cólera, disenteria, meningite e hepatites.
Em Muzambinho temos espalhadas pela cidade as populares minas, ou seja, surgências de águas derivadas do lençol freático, como exemplo: Mina do Trevo, da Vila Socialista, do Jardim Palmeiras e a do Brejo Alegre. Nenhuma delas recebe tratamento, portanto não são seguras para o consumo humano, visto que a oscilação da qualidade dessas fontes de água é totalmente indefinida. Por exemplo: Ao analisarmos a qualidade da água de uma mina, constatamos que é uma água de boa qualidade.
Basta um vazamento na rede de esgoto, chuva forte ou qualquer outro fator que alcance o lençol freático que a história toda muda. A água que a pouco era própria para o consumo, em um curto espaço de tempo, se tornou agente transportadora de microorganismos causadores de doenças graves.
Não há como os órgãos públicos monitorarem a qualidade desses recursos hídricos, já que a contaminação pode ocorrer a qualquer momento. Podemos analisar a água de uma determinada fonte as 13h constatando sua boa qualidade, e as 14h ela pode estar contaminada, por exemplo, com o vírus VHA, causador da Hepatite A.
A Secretaria Municipal de Saúde através do departamento de Vigilância em Saúde monitora a qualidade dessas fontes dentro do possível, mas fica claro que o correto é não consumir esta água.
Apesar da instrução que repassamos, várias pessoas se recusam a aceitar que águas de minas não são seguras para o consumo, pois acham que elas são cristalinas e limpidas visualmente. Como exemplo podemos citar o virus da hepatite, seu tamanho é de 27 nanômetros ou seja, um milionésimo de milímetro, muito além da capacidade humana de enxergar.
“A única água segura, é a água tratada e monitorada. O conselho é o seguinte: beba água da tratada, filtrada e sempre mantenha a caixa dágua de sua residência limpa e bem tampada”.
Foram fixadas placas de orientação nas principais fontes de água, minas, da cidade com os seguintes dizeres: NÃO É ACONSELHÁVEL O CONSUMO DE ÁGUA IN-NATURA.
Departamento de Vigilância em Saúde: (35) 3571-3773 / 3571-2282, Avenida Dr Américo Luz, nº 216, Centro.
Otávio Henrique Domingos - Biólogo CRBio nº 76.332/04-D - Coordenador da Vigilância em Saúde


