Vigilância pede atenção contra a dengue em Muzambinho

Publicado em 26/11/2016 - saude - Da Redação

Vigilância pede atenção contra a dengue em Muzambinho

Com o intenso calor no período do verão, aumenta a preocupação das autoridades quanto aos riscos do mosquito Aedes aegypti, considerando a gravidade de doenças como a dengue, Chikungunya e Zika. Em Minas Gerais, somente neste ano, já foram registrados 526 mil casos prováveis de dengue, 476 casos prováveis de Chikungunya e 15.169 casos prováveis de Zika. A reportagem buscou informações sobre a realidade em Muzambinho, através do Coordenador da Vigilância em Saúde, Fábio Vasconcelos Prado.

O profissional explicou que o governo estadual está formando várias frentes de trabalho para que no verão seja reduzido o número de casos notificados da dengue, chikingunya e zika. Uma das ações se refere ao aumento no número de agentes do controle de vetores em diversos municípios, além de medidas para impedir a proliferação do mosquito da dengue. Porém, sempre é preciso ressaltar a necessidade de colaboração por parte da população. Caso contrário, dificilmente será possível alcançar resultados práticos neste combate. “Não existe outra forma de combate que não seja a eliminação da água parada”, disse. 

RISCO DE EPIDEMIA - O governo de Minas Gerais já demonstrou preocupação com o risco de uma tríplice epidemia, envolvendo a dengue, chikingunya e zika, que são transmitidas pelo mesmo vetor. Fábio relata que a região não tem casos registrados de chikingunya e zika. Diante disso, não existem pessoas imunes. Com isso, a possibilidade de surgimento destas doenças é provável e não pode ser descartada. Principalmente, diante do grande fluxo de pessoas até Alfenas para tratamento na área de saúde, sendo que neste ano a cidade registrou mais de 3.500 casos de dengue. No caso de Muzambinho, já foram registrados focos do mosquito da dengue em todos os bairros. Mais recentemente, com a chegada do verão e início das chuvas, já foram confirmados focos, principalmente na área central da cidade, especificamente nos bairros Quinta da Bela Vista e Barra Funda. 

TERRENOS BALDIOS - Fábio esclareceu que o Departamento de Vigilância em Saúde de Muzambinho é equipado adequadamente, visto dispor de funcionários, veículos e equipamentos. Porém, esbarra em duas situações típicas do município: terrenos baldios e casas fechadas. O setor vistoria em torno de 9.500 imóveis, incluindo casas, igrejas, comércios, bares e terrenos baldios. Deste total, 1000 são terrenos baldios e sujos, gerando enorme dificuldade. O profissional pede maior consciência de limpeza e retirada de objetos dentro desses terrenos. Na última semana, por exemplo, os agentes atuaram nos bairros Jardim Itália, Jardim Altamira, Jardim Miriam e Anápolis. Nestes locais, é grande a quantidade de terrenos baldios e sujos.

A notificação dos proprietários já foi solicitada ao Ministério Público, sendo que medidas foram tomadas. Porém, considerando outra época e outro ciclo, novamente é necessária a consciência dos proprietários. A situação de casas fechadas, em torno de 18%, conforme levantamento, é outra preocupação. O índice é considerado alto. 

GRANDE DEMANDA - O coordenador declarou que Muzambinho é uma cidade monitorada pelo setor de Vigilância em Saúde, que orienta e tenta tomar as medidas cabíveis o quanto antes. Mas reconhece que a demanda de atuação é muito grande, principalmente neste período do ano. Nos últimos dias, por exemplo, foram mais de nove notificações de “barbeiros” na zona rural. 

INFORMAÇÕES - O Setor de Vigilância em Saúde está localizado na Av. Dr. Américo Luz (ao lado do Supermercado Gonçalves), com atendimento das 07:30 às 17 horas. O telefone é (35) 3571-3773.