Cafeicultores de Nova Resende e Alterosa recebem prêmio do Cupping ATeG

Publicado em 07/12/2020 - agronegocio - Da Redação

Cafeicultores de Nova Resende e Alterosa recebem prêmio do Cupping ATeG

Os produtores Antônio Rodrigues de Miranda e Alessandro Marcos de Miranda, pai e filho, receberam o prêmio do Cupping de Cafés Especiais do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do do Sistema FAEMG/SENAR/INAES, na quarta-feira (2). Eles garantiram o segundo e o terceiro lugar na categoria Cereja Descascado. A entrega ocorreu na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Nova Resende.

É o segundo ano consecutivo que são campeões no cupping. Em 2019, garantiram a primeira e a segunda colocação. Eles também foram vencedores no concurso municipal, no Melhor Café Fair Trade do Brasil e aguardam resultado do concurso da Emater. Os produtores destacaram a importância do programa para a conquista dos prêmios.

ara o presidente do Sindicato, Ronaldo Ferreira Cardoso, conquistas como essas mostram o potencial do município para a produção de cafés especiais e servem de motivação para outros produtores.

O gerente regional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES em Passos, Rogger Miranda Coelho, parabenizou os produtores e destacou a missão do Sistema de capacitar os produtores rurais e os preparar para os desafios do mercado.


ALTEROSA - Cafeicultores e familiares atendidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Alterosa reuniram-se no Parque de Exposições para conhecerem os resultados do trabalho, concluído depois de quatro anos. Os números mostram as conquistas e a satisfação dos produtores. O grupo, formado por 27 cafeicultores, foi um dos pioneiros e o primeiro da Regional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES em Passos.

A proposta de transformar o cenário da cafeicultura no Estado com o Programa ATeG surgiu devido à falta de assistência técnica e gerencial de forma regular em 90% das propriedades, segundo dados do Censo Agropecuário do IBGE (2006). O presidente do Sindicato Rural de Alterosa, José Eduardo Nunes de Souza, reafirmou que o sindicato tem como missão levar soluções para o produtor rural.

A área assistida pelo engenheiro agrônomo Eugenio Andrade Souza, correspondente às propriedades dos 27 produtores, é de 295,9 hectares, sendo 255,7 de café em produção e mais 40,2 hectares de lavouras em formação. A maior propriedade atendida no programa tem 50 hectares, e a menor, 1,2 hectares, sendo que 60% dos terrenos têm menos que dez hectares.  

Na última safra, a média de produção foi de 34,3 sacas por hectare, com preço médio de venda de R$ 525,24. Os números conquistados superam as médias calculadas pela Emater em Alterosa, que são de 31,6 sacas por hectare e preço de venda de R$ 455,70.

O grupo registrou casos de sucesso pela qualidade do produto. Oito produtores conquistaram preços mais significativos no mercado e comercializaram a saca a R$ 632,00, ganhos 17% superiores em relação ao preço de mercado no período.

“Esses produtores primaram mais pela qualidade e conquistaram preços melhores. Todos estão nessa busca”, destacou Eugênio.

O produtor Alexandre Pereira da Silva, do Sítio Santo Amâncio, trabalha em dez hectares. Com o ATeG, melhorou o manejo da lavoura, adotou procedimentos mais assertivos e corrigiu falhas da produção. Os resultados comprovam os ganhos: as 250 sacas produzidas no início dos trabalhos saltaram para 506 na última safra. Considerando a bienalidade da produção, sua média de produção atual é de 450 sacas por safra.

José Reginaldo Batista, do Sítio Figueira, aumentou a produção e a área. Começou com três hectares de café e terminou o projeto com oito. A produtividade, que era de 25 sacas por hectare, saltou para 40. Ele destaca que a assistência técnica na hora certa e as inovações do mercado apresentadas pelo técnico foram importantes no processo.

Os produtores seguem, agora, o desafio de continuarem o trabalho implantado com sucesso nos últimos anos.


(ASCOM - SISTEMA FAEMG)