Publicado em 13/02/2019 - agronegocio - Da Redação
Volume baixo de chuvas e altas temperaturas
registrados na área de ação da cooperativa no mês de janeiro geram alerta
Chuvas
abaixo da média e temperaturas que ultrapassaram os 30 graus no mês de janeiro
deste ano são motivos que podem impactar a safra cafeeira de 2019 e ainda a de
2020 na área de ação da Cooxupé. Esta realidade, no entanto, pode não se
confirmar caso chova bem em fevereiro e em março, períodos em que estão
acontecendo nos cafezais a granação (enchimento e definição do peso que o fruto
a ser colhido neste ano poderá atingir) e o crescimento dos ramos que vão
determinar a produção do ano que vem.
Segundo
o Departamento de Geoprocessamento da cooperativa, o primeiro mês deste ano
está sendo comparado ao mesmo período de 2014, quando a falta de chuva e o
calor excessivo impactaram a safra daquele ano. Em janeiro de 2019, tendo como
referência a média histórica controlada pelo departamento da Cooxupé, choveu
apenas 47% do esperado no cerrado de Minas Gerais; 43% na média mogiana do
estado de São Paulo e 41% no Sul de Minas. Somando essas três regiões a média
do volume de chuvas chegou a 43,2% em relação ao que deveria ter chovido.
Além
da baixa precipitação, o calor excessivo também é um fator preocupante.
Enquanto a temperatura – de acordo com a média histórica - elevou 1 grau em
janeiro de 2014, neste mesmo mês em 2019 a média histórica foi para 1,5 grau em
toda área de ação da cooperativa. Além disso, os cafezais ficaram expostos a
uma grande amplitude térmica cujas temperaturas mínima e máxima registraram 14
e 36 graus. A associação destes fatores pode comprometer o metabolismo do
cafeeiro, com intensidades diferentes, de acordo com as características de cada
região.
Considerando
toda área de ação da Cooxupé, foram 1.649 horas em que as lavouras dos
municípios ficaram expostas a temperaturas próximas às temperaturas máximas
ocorridas durante o mês de janeiro que, na maioria dos dias, ficou acima de 30
graus.
A
temperatura ideal para a produção do café arábica – tipo produzido pela Cooxupé
– é de 18 a 23°. As principais causas de quebra de produtividade na
cafeicultura vêm de temperaturas adversas e da deficiência ou excesso de água
no solo. "As condições nas lavouras foram boas até dezembro de 2018, no
entanto a temperatura média em janeiro deste ano foi muito mais alta em relação
aos anos anteriores. Hoje o café encontra-se na fase de granação para a
produção de 2019 e de crescimento para a produção de 2020. As duas situações
estão acontecendo ao mesmo tempo. No entanto, a cada grau acima de 24, a planta
reduz em 10% a sua taxa fotossintética. Nos horários em que ficaram expostos às
temperaturas máximas, os cafeeiros tiveram o seu metabolismo bastante reduzido.
Chuvas e temperaturas adequadas a partir de agora são de fundamental im
portância para que o processo de enchimento dos frutos (granação) ocorra de
maneira satisfatória, pois é nesta fase que ocorre a definição do peso do
fruto", explica o coordenador do Departamento de Geoprocessamento da Cooxupé,
Éder Ribeiro dos Santos.
Para
o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, apesar da situação não estar
confortável ainda é cedo para falar em quebra de safra. "No momento não
temos condições de mensurar o tamanho dessa possível quebra. O impacto será bem
menor se as chuvas vierem em fevereiro e em março, portanto, são meses
decisivos para nós. Estamos aguardando e torcendo por melhores condições
climáticas", afirma Paulino.
Todos
os dados meteorológicos trabalhados pelo Departamento de Geoprocessamento da
Cooxupé podem ser acessados pelo Sismet – Sistema de Monitoramento
Meteorológico, por meio do site: www.sismet.cooxupe.com.br
.
Phábrica de Ideias – Assessoria em Comunicação