Publicado em 23/10/2018 - agronegocio - Da Redação
Negociações
foram concluídas depois de quatro anos
O Brasil
vai exportar gado vivo ao Irã conforme comunicado enviado na segunda-feira
(22) pela Organização Veterinária do Irã, ao Departamento de Saúde Animal
(DSA)do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O
documento, recebido pelo diretor do DSA, Guilherme Marques, confirma a
aprovação do Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) para esses
embarques.
Segundo o diretor “foram decisivos para a abertura deste
mercado sucessivos reconhecimentos
sanitários obtidos nos últimos anos junto à Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE), como o reconhecimento do Brasil como livre de febre aftosa com vacinação
(Santa Catarina é livre sem vacinação)e de pleuropneumonia contagiosa e de
risco insignificante para encefalopatia espongiforme bovina (EEB, o Mal da Vaca
Louca). As tratativas entre o DSA e os iranianos vinham sendo mantidas desde
final de 2014, tendo em vista que são complexas, lembrou Marques.
O diretor diz que “os constantes acessos a novos mercados
à exportação de gado brasileiro, impulsionaram esta negociação. Os próximos
países que poderão comprar bovinos do Brasil são a Tailândia e a Indonésia. A
diversificação dos mercados é favorável aos produtores e pode propiciar a
negociação de outras commodities”.
A estimativa no setor produtivo é de que o mercado
iraniano tem potencial para adquirir anualmente 100 mil cabeças de bovinos do
Brasil, com a perspectiva de expansão a médio prazo, na medida em que avancem
as relações comerciais.
A exportação de gado vivo é uma atividade praticada
apenas por países que possuem rígido controle sanitário dos seus rebanhos, e
representa canal de escoamento da produção para o produtor rural, conforme o
diretor. Ele lembrou que “a atividade contribui para a melhoria da
rentabilidade do pecuarista, que consegue melhorar a sanidade dos seus animais,
os protocolos nutricionais e a gestão da propriedade, gerando empregos e
receita cambial”.
Os dados dos últimos sete anos (2010-2017), mostram que a
atividade gerou US$ 3,7 bilhões em divisas para o país. No ano passado, a
exportação de bovinos vivos respondeu por faturamento de mais de US$ 276
milhões, e, dados até julho deste ano, mostram que os embarques atingiram US$
301 milhões.
Coordenação-geral de Comunicação Social