Publicado em 24/09/2020 - agronegocio - Da Redação
O Instituto Mineiro de
Gestão das Águas (Igam) tem um novo diretor-geral. O engenheiro civil Marcelo
da Fonseca, de 39 anos, assumiu na terça-feira (22/09) o posto até então
ocupado por Marília Melo, que passa a comandar a Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Marcelo é funcionário de
carreira do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema)
desde 2006 e seus dois últimos cargos foram no próprio Igam, órgão em que ele
começou a carreira como analista ambiental e tem vasta experiência. A
expectativa do novo diretor-geral é prosseguir com os avanços alcançados nos
últimos anos e trabalhar sempre com o diálogo, tanto com o corpo de servidores
quanto com os parceiros do Igam e a sociedade em geral.
“Estou honrado com o convite, por ser um servidor de carreira, o que vejo como
um reconhecimento muito grande da instituição. Também é muito bom poder
contribuir com minha entidade de origem”, diz ele, adiantando que uma de suas
diretrizes principais será trabalhar de maneira alinhada com os servidores para
juntos aprimorarem a gestão hídrica no Estado e o atendimento ao cidadão
mineiro. “Conto muito com a colaboração de todos nesse processo. Quero ter uma
gestão aberta, horizontal e participativa, para compreender os anseios dos
servidores e estar próximo das principais demandas da sociedade”, afirma.
Antes de assumir como chefe do Igam, Marcelo da Fonseca atuava como diretor de
Planejamento e Regulação do órgão ambiental. Nesse cargo, foi um dos
responsáveis pelo processo de reestruturação das Unidades Regionais de Gestão
das Águas (Urgas), que culminou com uma redução expressiva no passivo de
outorga de direito de uso de recursos hídricos. Os quase 25 mil processos
tramitando fora do prazo em maio de 2018 caíram para cerca de 7,5 mil
atualmente.
Manter a estratégia e encerrar esse passivo conforme o estipulado até 2022 será
uma das metas do diretor-geral. “Nós avançamos muito nessa parte da
estruturação técnica e logística das Urgas, o que permitiu que criássemos
procedimentos de padronização e organização administrativa. Isso certamente
contribuiu diretamente para o aumento da eficiência das análises dos processos
de outorga e vai continuar”, acrescenta.
Outra linha de atenção especial do diretor-geral será o Programa Estratégico de
Revitalização das Bacias Hidrográficas de Minas Gerais – Somos Todos Água. Os
objetivos dessa inciativa são o fomento e incentivo à conservação da biodiversidade
e a manutenção dos serviços ecossistêmicos, principalmente aqueles relacionados
à água; o incremento da regularidade da oferta de água; a restauração de
processos ecológicos e áreas degradadas; o incentivo à ampliação e incremento
da rede de tratamento de esgoto; o fomento da proteção de nascentes e a
restauração da cobertura vegetal nas áreas prioritárias para a conservação da
biodiversidade, aquática e terrestre, para a melhoria da qualidade e
disponibilidade dos recursos hídricos. “Esse programa tem uma visão
estruturante para garantir a segurança hídrica de Minas Gerais nos próximos
anos”, acrescenta Marcelo da Fonseca.
Ele também destaca que vai trabalhar para fortalecer a gestão participativa e o
Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SEGRH) e assim dar mais
subsídios para que a Política Estadual de Recursos Hídricos esteja cada vez
mais consolidada. Marcelo lembrou, ainda, que sua gestão dará muita atenção ao
programa Água Doce, com o objetivo de prover água para a população do Semiárido
mineiro, além de uma série de outras iniciativas também voltadas para a área de
operação e eventos críticos que contam com o apoio do novo diretor-geral.
“A grande motivação para esse trabalho é saber que o Igam possui hoje uma
equipe técnica extremamente qualificada, competente e comprometida com a causa.
Além disso, como secretária de Estado, a Marília Melo continuará dando as
diretrizes para a gestão e continuará apoiando a gestão de recursos hídricos de
Minas Gerais”, completa.
Marcelo da Fonseca é graduado em engenharia civil pela Universidade Federal de
Ouro Preto (Ufop) e tem mestrado de engenharia na mesma instituição. Ele possui
ainda uma especialização em recursos hídricos pela Fundação de Educação para o
Trabalho de Minas Gerais (Utramig) e como servidor do Sisema já ocupou os
seguintes cargos: diretor de Fiscalização de Recursos Hídricos, superintendente
de Fiscalização e subsecretário de Fiscalização, todos pela Semad. Trabalhou
ainda como chefe de gabinete do Igam e, por último, como diretor de
Planejamento e Regulação do órgão responsável pela regulação dos usos de
recursos hídricos em Minas.
ASCOM