* POR AMAURI JR., mais sênior do que júnior. Radialista, repórter e Mestre de Cerimônias. Um pouco de tudo e praticamente nada. Quase embolorado com as constantes chuvas dos últimos dias. Prá mim, água só no copo ou na praia. Se é doce, mata a sede, refresca e renova o corpo. Se é salgada, combina com uma loira gelada, de qualquer marca, desde que desça “sem tropeços”. Aliás, a chuva que caiu na noite de réveillon em Muzambinho não chegou a atrapalhar a animação num encontro de amigos na Av. Dr. Américo Luz. Prefiro acreditar que a “garoa” veio para lavar a alma, renovando as esperanças num ano novo ainda melhor que foi o “velho”.
E por falar/escrever sobre chuva... Parte de um morro deslizou e interditou uma importante estrada na zona rural de Muzambinho, entre a Fazenda São José e bairro Muzambo. O barro argiloso e preto, molhado sem comparação, chegou a quase dois metros de altura, deixando à vista apenas a última tábua de uma porteira. O trânsito dos veículos que transportam os alunos e a produção de leite, bem como de outros meios, ficou completamente prejudicado. Quem precisou vir a Muzambinho foi obrigado a buscar caminhos alternativos. Pelo bairro Moçambo, três quilômetros a mais. Pelo Patrimônio, mas passando pelo Bia, praticamente empata nos quinze quilômetros do caminho original pela Fazenda São José. E a chuva continuou por muitos dias.
O fato acima é verídico, mas aconteceu há quase 30 anos. Eu, menino de tenra idade, ainda morava na roça, no sítio São João, perto do Fiíco Ponciano. O relato vale apenas como ilustração para o breve comentário que se segue.
Reclamações a respeito da situação precária das estradas rurais nos municípios da região são comuns nesta época do ano. Principalmente, entre os meses de novembro (de um ano) e março (do ano seguinte). Como jornalista, há anos verifico esta condição por parte dos moradores da zona rural e também dos vereadores. E todos tem TOTAL razão! Porém, é preciso bom senso, seriedade e compromisso com a verdade para analisar o assunto com total imparcialidade.
Alguém pode me informar de algum município da região que não sofre nenhum problema do tipo nesta época do ano? Tomara que esteja enganado, mas acredito que as chuvas prejudicam as estradas em todos os lugares. Não há prefeito ou secretário que consiga manter a conservação das estradas com tal volume de chuva. O cascalho colocado não agüenta tanta água e enxurrada. Existem as chamadas “bacias” e outras medidas, mas também não acredito que possam suportar tanta água. Além disso, a topografia irregular, com muitos morros, não favorece em nada a conservação. Por fim, vale destacar que muitas prefeituras tem um maquinário “falido” ou sucateado. Sou leigo no assunto, mas vivi na roça e acompanho esta situação (mesmo que à distância) há muitos anos.
Se alguém souber de alguma experiência positiva em outras regiões, que informe aos prefeitos e secretários. Mas que não venha com mágica ou invenções mirabolantes. O assunto é sério, principalmente para os moradores da zona rural. A gravidade do problema é sentida na pele quando alguém precisa de socorro médico, ir à escola ou estar presente num compromisso previamente agendado.
Quando ao deslizamento do morro que interditou estrada em Muzambinho, que fique bem claro: ISTO ACONTECEU HÁ QUASE 30 ANOS! Felizmente, a cidade é previlegiada e nenhuma tragédia aconteceu até o momento. E, se Deus quiser, não vai acontecer.
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