Conquista mereceu elogios, mas local escolhido gera questionamentos
Em 2011, a administração municipal de Muzambinho, através do então prefeito Sérgio “Esquilo” (PSDB), enviou Carta Consulta, via FUNASA - Fundação Nacional de Saúde, solicitando através do PAC II – Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal, a implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário - Construção de ETE, no valor de R$ 5.326.909,03, para contemplar toda a rede urbana do município. No dia 25/08/2011, saiu a lista dos municípios selecionados na modalidade de sistema de Esgotamento Sanitário. O município acabou sendo contemplado. As obras terão início no próximo mês de fevereiro. O projeto inicial sofreu adequações para despoluição dos rios e córregos. Todo esgoto será tratado, gerando enorme benefício para o meio ambiente e saúde pública. Conforme placa publicitária, o valor total foi definido em R$ 3.749.059,95, com o término da obra previsto para 02 de janeiro de 2015.
REPERCUSÃO - Manifestações em rede social na Internet abordaram o tema. Uma internauta questionou o fato da Estação de Tratamento de Esgoto ser construída em área na entrada da cidade. Para ela, o fato causa estranheza, com “o banheiro ficando na porta da sala”.
Por sua vez, o ex-prefeito Sérgio “Esquilo” lembrou a construção de interceptores sanitários no Rio das Veínhas, no bairro Barra Funda, durante sua primeira gestão. Segundo ele, nesta segunda fase, serão construídos interceptores no Rio Chico Pedro e a Estação de Tratamento de Esgoto em uma área da prefeitura perto da cachoeira do Instituto Federal. Portanto, entende que o esgoto será retirado da entrada da cidade e o produto final (água) descerá pela cachoeira totalmente despoluída.
Já o advogado Dr. Laerti Simões de Oliveira publicou uma longa manifestação argumentando que a ETE é absolutamente indispensável, considerando elogiável a conquista de recursos para a obra. Porém, também lamentou a escolha do local, entendendo que viola princípios elementares de direito ambiental, tornando insuportável a vida de todos os habitantes nos bairros próximos. Na sua visão, ninguém construirá imóveis residenciais em áreas próximas, inviabilizando quase completamente o investimento de um grande projeto da família Santini, com loteamento ao lado. Além disso, revelou que o Instituto Federal teria plano de fazer, no mesmo lugar da ETE, um belíssimo parque e mais do que duplicará a capacidade de produção de energia da usina do IF. Por fim, manifestou que os terrenos marginais e a entrada da cidade, sem custo algum para a municipalidade, ganhariam com o investimento federal maravilhosa área de preservação e prática de esportes. “A ETE poderia, com pouco mais de dutos, ser posicionada após a usina, na parte inferior dela”, argumentou.