AGROTÉCNICA 64 ANOS: Humanismo e Cultura

A primeira vista, o tema parece usual, costumeiro e está presente de forma prodigiosa em nossas complexas realidades. Ledo engano! São, a luz da verdade, acontecimentos singulares, raríssimos e extremamente conectados às necessidades de formação, crescimento e consolidação de perfis adequados à famílias, comunidades e consequentemente, estados e nações, sob a égide da democracia, compromisso e paz.

Poderíamos encerrar o tema aqui e agora. Mas não! A justiça e a história clamam por lembranças pelo menos recentes e palpáveis. Afigura-se ai a extraordinária e querida Escola Agrotécnica de Muzambinho, hoje Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia.

Entretanto, confesso minha suspeição nessas considerações, uma vez que tenho a honra de pertencer a turma pioneira de 1953, composta pelos 126 (cento e vinte e seis) primeiros alunos que aportaram às colinas verdejantes do solo muzambinhense, dando inicio a uma epopeia de conquistas, avanços e exemplos a nível local e regional.

Não me arrisco a afirmar o número exato de alunos que, hoje, estão inscritos neste estabelecimento de ensino, mas, certamente, são milhares deles, cursando mais de 12 (doze) especialidades profissionais.

E o grau de participação e influência positiva nas comunidades? Difícil retratar com exatidão sem pesquisas mais aprofundadas. Contudo, é sabidamente contundente e cada dia mais visível pelas parcerias de trabalho, destacando-se a integração com órgãos e entidades, buscando viabilizar áreas e setores técnicos, científicos, esportivos, sociais, entre outros.

Tudo isso foi e continua possível, graças essencialmente às gestões administrativas excepcionais comandadas por homens e educadores comprometidos e voltados para objetivos nobres, onde humanismo e cultura sempre foram focados com absoluta primazia.

Cada um dos ex-diretores merece nosso respeito e deve ter o reconhecimento eterno, pois foram muitos e quase intransponíveis os desafios superados ao longo da jornada, gestão após gestão.

Por esse ângulo fica claro e absolutamente justo, sentir e verificar a grandeza da Agrotécnica.

Cumpre assinalar com toda ênfase, o trabalho que vem desenvolvendo o atual diretor, Prof. Luís Carlos Machado Rodrigues, responsável pela brilhante atuação do Instituto na região. Com visão ampla e humana do que é desenvolvimento, levando aos municípios e seus dirigentes, propostas de parcerias e trabalhos de segura integração entre as partes envolvidas. Luiz Carlos prima pelo dinamismo, entusiasmo e inteligência, armas que utiliza com extrema habilidade.

No próximo ano, o Instituto completará 65 anos. Certamente, haveremos de brindar a todos com comemorações inéditas, fazendo justiça ao acontecimento. O nosso atual diretor precisa estar a frente dessa grandiosa e inédita comemoração. É o que todos nós aguardamos!

Adair de Paula Aguiar

Jacuí

(Engenheiro Agrônomo, ex-aluno e pertence a turma de 1953)