Publicado em 13/10/2015 e atualizado em 13/10/2015 - cidade - Da Redação
Sei, não é nossa culpa. Ou será? Não é desculpa, ou será? Mas, a má distribuição com tanta riqueza por todo lado... Não é nossa culpa, ou será? Até quando esperar não ser preciso pedir trocados para levar para casa o que comer? Ser igual. Mesmas condições e oportunidades. Até quando? Esperar a ajuda de Deus. É... Não temos culpa pela má distribuição. Não temos culpa pela corrupção. Ela chegou e se alastrou por todo canto. Institucionalizou-se também... Ou temos culpa? Até quando esperar? Até quando esperar? Se nada mudou e nem vai mudar, nada importa a ninguém, ou ninguém se importa com nada. Nem aí! E para que dizer alguma coisa se é complicado dizer? Se já se perdeu e tudo vai ficando para trás? É assim que funciona. Um acontecimento ruim hoje, outro amanhã e outro e outro, e os primeiros são rapidamente esquecidos. Mas, não é nossa culpa, não é desculpa. E mesmo que saibamos que muita riqueza, que anda por aí, esteja em mãos erradas, pela corrupção e injustiça, ainda assim precisamos sentir alguma coisa... Gritar por alguém, por uma providência, ainda que hoje seja um dia qualquer, um dia comum. Cabe aqui um dos versos da composição Um dia Comum, de César Oliveira e Rogério Melo: “Foi-se o tempo em que ter o que dizer serviu pra alguma coisa e encontrei sentido em manter passos que nada de novo oferecem ou esperanças de que tudo isso irá ter fim”. Penso que vocês concordarão comigo: o hoje não é um dia especial pra ninguém!
Fernando de Miranda Jorge / Jacuí/MG
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