Publicado em 10/08/2015 e atualizado em 10/08/2015 - cidade - Da Redação
Fomos conhecer a vida do interior e os moradores da cidade que hoje não vive mais só do café
No sudoeste de Minas Gerais está a cidade de Muzambinho, localizada no alto de uma colina e cercada por cafezais. E o "Morar" do domingo (9), conheceu a vida do interior e os moradores da cidade que hoje não vive mais só do café.
Dona Glorinha vive no casarão mais famoso da cidade. Muitos pedestres costumam tocar a campainha de sua casa para pedir para entrar. Não é pra menos: a casa foi construída em 1907, é cheia de afrescos originais nas paredes e deu à moradora muitas alegrias.
Zana Maria nasceu e foi criada na roça de Muzambinho. Depois de alguns anos vivendo a vida acelerada de São Paulo, se cansa e resolve voltar para sua cidade. De tudo que construiu na grande metrópole, trouxe consigo apenas um sofá vermelho pra contar sua história.
A Fazenda Belém possui um típico casarão das antigas fazendas. Com 150 anos, nela sempre habitaram integrantes da mesma família! Hoje, quem zela pela casa e terras é Rodolfo, da quinta geração. Roteirista, ele divide seu tempo entre a capital, Belo Horizonte e Muzambinho. "A casa é um personagem", diz ele.
Vizinho a Rodolfo, está Bianino do Paraíso. A roça é sua paixão e a casa, que divide com Maria das Dores, tem o silêncio e simplicidade da vida no campo: a cama de frente para janela para ver o verde e as quase 60 galinhas criadas no terreno são a imagem e o som da vida no campo.
Heloisa Helena ou, Zelena, como é conhecida em Muzambinho ama sua vida no interior. "Não troco por nada", diz ela. A casa está sempre de portas abertas para os amigos, que fazem reuniões de apreciação de vinhos. Zelena é famosa na cidade por servir lanche aos lixeiros quase todo dia, estando ou não em casa: ela coloca um sinal na janela que avisa a eles que tem lanche na varanda. Eles entram, servem-se e voltam para o trabalho. Zelena diz que colocar um prato a mais na mesa esperando visitas é típico do interior.
Claudia mora num casarão de 1924. Ela realizou um sonho: morar numa cidade do interior de Minas. Coloriu a casa com cores que viu em suas viagens por Minas e adora se reunir para bordar e costurar as roupas artesanais que faz com um grupo de mulheres. "- Vim desacelerar", diz ela. E conseguiu. A vida simples, o pôr do sol avistado de seu janelão dão-lhe o ritmo que sempre desejou para esta fase da vida.
Fonte: GNT