Publicado em 16/07/2016 e atualizado em 16/07/2016 - cidade - Da Redação
O prefeito Ivan de Freitas “vetou” os projetos de Lei (3582/2016 e 3853/2016) aprovados pelos vereadores reajustando os subsídios dos agentes políticos de Muzambinho para o exercício de 2017. Ele tomou esta atitude imediatamente após receber os projetos. Os valores aprovados em reunião extraordinária no dia 29 de junho foram: R$ 16.500,00 (prefeito), R$ 6.500,00 (vice-prefeito), R$ 4.950,00 (secretários municipais) e R$ 3.600,00 (vereadores).
Falando à reportagem nesta semana e prestando esclarecimentos a respeito, o prefeito declarou que tem procurado ser coerente em todas as suas ações. Reconhece que quem trabalha, merece ganhar. E quem trabalha mais e melhor, merece ganhar mais ainda. Todavia, entende que este não é o momento propício para conceder um aumento salarial diferenciado. Até porque todos os agentes políticos (prefeito, vice, secretários e vereadores) estão recebendo aumentos regulares, a exemplo dos servidores públicos. “Não podemos dar um aumento maior aos agentes políticos do que aquele que tem sido dado para os servidores”, argumentou. Comentou ainda a respeito de possível aumento salarial anunciado para os servidores do Executivo Federal, observando que o benefício vai beneficiar exatamente aqueles que ganham mais, não atingindo a grande parte dos servidores públicos federais.
“Critico esta atitude porque acho incoerente com o momento. Eu não poderia concordar com o aumento agora entendendo essa incoerência”, voltou a dizer. Esclareceu que tomou a iniciativa de vetar os projetos de imediato em respeito à população e aos servidores públicos municipais. Tomou esta atitude antes mesmo de tomar conhecimento de qualquer manifestação popular contrária ou repercussão no jornal.
Ivan de Freitas ainda considerou que o subsídio do prefeito de Muzambinho, em torno de R$ 14.500,00, é bastante razoável. Além disso, lembrou compromisso da campanha eleitoral: fazer o melhor possível, aceitando o valor do subsídio. Na justificativa ao veto, questionou justamente os motivos de aumento para quem exatamente recebe mais. Por fim, entende que o momento econômico do país exige sacrifícios e economia “em nome da cidadania, patriotismo e nacionalismo”.
No mês de agosto, os vereadores retornam do recesso parlamentar e poderão acatar ou rejeitar o veto do prefeito aos referidos projetos. Mesmo respeitando o Legislativo, Ivan de Freitas alerta aos vereadores sobre o dever de satisfação à população. “Num momento tão difícil e de desemprego, por que os privilegiados terão aumento?”, questionou.
Ivan de Freitas acredita no bom senso dos vereadores. Por fim, lembrou que o dinheiro da Câmara sai do Executivo. Desta forma, o aumento na Câmara significa menos investimento pela prefeitura.