Para Canarinho, interdição do matadouro poderia ter sido evitada

Publicado em 14/06/2014 - cidade - Da Redação

A visão empresarial do açougueiro e política do vereador Reginaldo Esaú dos Santos (“Canarinho” - PSC) sobre a interdição do matadouro municipal de Muzambinho. Durante entrevista, a liderança comentou a polêmica que vem movimentando o município nas últimas semanas.
Vivenciando a polêmica do matadouro dia a dia como açougueiro, Canarinho preferiu falar como cidadão muzambinhense: “Vejo o matadouro fechado com muita tristeza”. Até por acreditar que o fechamento será definitivo. Como o matadouro é do município, entende que a administração deveria ter tomado as providências necessárias de regularização, evitando assim a interdição. Segundo ele, o fato vai gerar um grande prejuízo aos açougueiros, à população e transportadores de animais, bem como aos funcionários do matadouro que perderam seus empregos.
Canarinho confirmou que os açougueiros não sabiam da possibilidade de interdição do matadouro. Durante reunião, o prefeito concedeu novo prazo de 60 dias para o empresário responsável, sendo que uma comissão de açougueiros estaria acompanhando a execução das melhorias. Porém, logo no dia seguinte os profissionais do SIM - Serviço de Inspeção Municipal, confirmaram a interdição do matadouro. O vereador e açougueiro Canarinho voltou a lamentar a interdição e a falta de investimentos por parte do município. Para ele, a administração é responsável pela interdição, visto que o Secretário da Agricultura é subordinado ao prefeito. Indagado sobre real situação do matadouro, principalmente quanto à falta de higiene e condições na estrutura, Canarinho declarou que providências vinham sendo tomadas. Portanto, uma clara tentativa de reverter a situação. Mesmo confirmando irregularidades no local, acusou que fotos foram tiradas somente daquilo que interessa para justificar o fechamento do matadouro. “O matadouro não estava do jeito que mostraram”, rebateu.
Acredita que os próprios açougueiros poderiam assumir o matadouro e tomar as providências necessárias. “Eles acharam melhor acabar com o problema fechando o matadouro”, disse. Na sua visão, investimentos poderiam ser feitos pela prefeitura, que depois faria uma nova concessão do serviço no matadouro.
Indagado sobre prejuízos ao consumidor quanto ao possível aumento no preço da carne, Canarinho confirmou que o frigorífico de Poços de Caldas não cobra pelo abate. Porém, outras despesas com impostos poderão ser repassados ao consumidor. Além disso, garantiu a qualidade da carne considerando que são os mesmos animais da região. O açougueiro ainda garante que não existe risco de abate clandestino por diversas questões.