Publicado em 28/04/2020 e atualizado em 28/04/2020 - cidade - Da Redação
FEDERAMINAS também apurou números preocupantes no Estado
Presidente da Associação Comercial e Empresarial de
Muzambinho (ACE), Téia Dias relatou a situação vivida pelo comércio local em
tempo de enfrentamento ao COVID-19. Ela esteve acompanhada pelo gerente Fábio
Cardoso. Os estabelecimentos cumpriram um período inicial de quarentena determinado
pelo Executivo Municipal, funcionando apenas as atividades essenciais. Na
última semana, aconteceu a liberação do funcionamento do comércio, devendo
obedecer regras estabelecidas de horário e fluxo de pessoas.
A dirigente empresarial revelou pesquisa feita por
escritórios de contabilidade do município apontando 150 demissões, em torno de
210 suspensões de contrato de trabalho por dois meses e 90 reduções salariais
somente nos últimos quinze dias. Além disso, é preciso observar a mesma
situação com os trabalhadores informais, não sendo possível contabilizar. O
número é considerando bastante alto para uma cidade das dimensões de
Muzambinho. “É assustador”, disse.
A FEDERAMINAS – Federação das Associações Comerciais
de Minas Gerais, que agrega em torno de 300 associações comerciais, realizou
pesquisa no final do mês de março em 173 cidades mineiras, totalizando quase
342 mil empresas e 14 milhões de habitantes (quase 70% do estado). Os números
são preocupantes, apontando para um aumento drástico índice de desemprego em
Minas Gerais. A estimativa no final de dezembro apontava para cerca de 1,3
milhões de desempregos. Com o fechamento de empresas por mais de trinta dias
neste período, o número de desempregados poderá chegar a quase 4 milhões.
Téia Dias falou das dificuldades neste momento,
reconhecendo a necessidade de fechamento do comércio para preservar a vida. Mas
também observa a necessidade do empresário e do próprio trabalhador na retomada
das atividades comerciais. Assim, neste momento foi autorizada a reabertura com
os devidos cuidados.
O gerente Fábio Cardoso relatou que a ACE vem
procurando trabalhar com o maior número de informações para possibilitar a
melhor orientação aos empresários e colaboradores das respectivas empresas.
Assim, também ofereceu suporte jurídico quando solicitado.
Téia e Fábio ainda revelaram a dificuldade que o
empresariado vem enfrentando em conseguir recursos junto aos programas
governamentais. “Este dinheiro não tem chegado diretamente ao empresário”,
disse Fábio. São poucos atendidos e, mesmo assim, sem a totalidade dos recursos
reivindicados.
ELEIÇÃO NA ACE
A presidente Téia Dias teve o mandato encerrado no mês de abril, mas foi prorrogado até maio por conta de toda situação gerada com o COVID-19. Ela adianta que não será candidata à reeleição, revelando que está sendo formada uma chapa concorrente, encabeçada pelo empresário e seu irmão Valdeci Dias. Mesmo assim, havendo interesse de outras pessoas de compor a diretoria proposta ou formar outra chapa, todas as informações podem ser buscadas junto à ACE.