Há algum tempo, os novos prefeitos assumem os governos com o choro bem ensaiado. Reclamam de uma suposta situação de calamidade que encontraram. Geralmente, citam maquinários quebrados, folha “inchada” de servidores, ruas esburacadas, etc. Ao mesmo tempo, os prefeitos que saíram continuam na vida pública com um “governo paralelo”. Para não verem a luz apagar, fazem manifestações públicas para responder aos ataques. E você, eleitor e cidadão, em quem acredita?
A verdade é que o povo já não suporta o “choro dos inocentes”. É muito estranho que os prefeitos lutem tanto pelo voto, pelo status político e pelo cargo de prefeito para depois reclamarem que “a noiva não era tão bonita”. O povo já não é tão inconsciente quanto no passado. Sabe que tudo não passa de um jogo político. Os novos prefeitos aproveitam para jogar nas costas dos antecessores a justificativa pela demora nas ações. Chegam até mesmo a decretar “estado de emergência”. Mas a população não quer saber disso. Quer trabalho e resultados imediatos. O remédio e o médico não podem faltar. O transporte escolar não pode atrasar. Ao contrário do que o político imagina, o povo não agüenta mais o “choro dos incompetentes”. Se estiver tão difícil, deixe para outro. Tem o vice, o presidente da Câmara e novas eleições podem ser realizadas.
Ao mesmo tempo, também é preciso acabar com o governo paralelo. Quem passou, foi eleito, aplaudido e agradecido. Agora é a vez de outro. Na vida é assim! Na “roda gigante” da vida pública e da política é preciso ter sabedoria para estar por cima ou por baixo. Além disso, quem está fora do poder tem todas as dificuldades para justificar o injustificável.
O povo merece respeito e não quer que os embates políticos durem por quatro anos. Para isso, existe o período eleitoral com carros de som nas ruas, reuniões e horário eleitoral gratuito. Agora é a hora de governar, sem choro ou lamentações.