FATOS E RELATOS - José Rossi: O guardião do bem e da paz

Unanimidade entre seus colegas da Escola Agrotécnica de Muzambinho, o ilustre e querido Dr. Jossi representou o verdadeiro exemplo de simplicidade, companheirismo e persistência. Suas poderosas armas sempre foram a justiça, a simpatia e a serenidade naquilo em que era objeto de sua missão.

Jamais teria sido o protótipo de um misterioso alienígena, muito menos um gênio da lâmpada ou PHd das ciências!

Imperava, isto sim, a grandeza e a sensatez em seus atos e ações durante toda uma vida.

Assim, somos levados a analisar com profundidade e mais seriamente nossas raízes existenciais, onde o caráter, a caridade cristã, a preocupação com o próximo são valores transcendentais. 

Filho mais velho entre 10 (dez) irmãos, de uma família honrada, lutadora e bem sucedida, José Rossi incorporou a virtude, tenacidade e amor ao trabalho em sua brilhante trajetória de vida. O espirito empreendedor e a confiança no amanhã levaram os Rossi à conquista do pódio, em todas as provas a que foram submetidos. 

Retrocedendo no tempo, é correto e pertinente afirmar que o homenageado foi estrela de primeira grandeza da constelação familiar quer pela liderança, quer pela convicção manifestadas ao longo da sua permanência entre eles. 

Estratégias sábias eram o saber ouvir, ponderação e amor à causa. 

A honra de conhecê-lo foi em 1953, quando das atividades escolares da Agrotécnica. Aquele menino tímido e assustado inspirou confiança à primeira vista, pois fazia bem ao novo ambiente.

Revelou-se com o passar dos dias, ser gente amiga, prestativa e confiável. Era admirado pelos colegas, professores, funcionários em geral e direção da Escola. 

Tudo se traduzia em sucesso e alegria, quando de repente, fomos surpreendidos pelo inesperado. Foi decretado o encerramento do Curso Técnico em andamento, consequentemente, os alunos foram transferidos para outras Instituições do gênero. A Agrotécnica, alunos e a sociedade sofreram o impacto, fruto da irresponsabilidade de uma minoria de políticos da época. Os alunos transferidos injustamente, inclusive o Rossi, protegidos pela noção correta do dever  e responsabilidade, brilharam e enalteceram a querida Agrotécnica em outros Campus. O tiro saiu pela culatra! 

José Rossi, que amava seu torrão natal buscou, após a conclusão do Curso Técnico em Agricultura, novos conhecimentos, em Instituições de Ensino de boa qualidade, preparando-se para futuros embates em sua desafiadora trilha de vida. 

Pouco tempo depois, tivemos o prazer e a felicidade de vê-lo como Diretor Geral da Escola Agrotécnica de Muzambinho. A designação foi justa e providencial coroando os esforços e investimentos em prol da educação. O mérito maior foi do povo muzambinhense e região pelas lutas e empenhos colossal em edificar essa obra dignificante. 

O começo foi difícil, mesmo com o apoio de todos. Os país em colapso econômico e social com os desmandos de maus gestores prolongava os efeitos negativos dessas ações, atingindo frontalmente regiões e municípios.       

As ações serenas, a dedicação e a fé de José Rossi e comandados, tornaram possível a grande travessia. Foram mais de 20 (vinte) anos de intensas lutas pela consolidação da Instituição, mostrando o equilíbrio necessário nas várias etapas da administração.

O lado samaritano destacava-se pelo extremo zelo e amor à causa, tanto nas horas criticas como nos momentos de vacas gordas. 

Grande destaque foi a atuação de sua esposa e companheira em todos os episódios dessa saga maravilhosa. Foi a luz que ele encontrou diante tantos desafios. 

Hoje ela se dedica inteiramente aos filhos, valorizando a construção de um convívio espontâneo, permanente, alegre e feliz.

As lembranças de José Rossi são imorredouras, trazendo estimulo, crença no futuro e o valor da lealdade. 

Cita-se, também, que outros ex-alunos foram diretores da Agrotécnica, oportunidade em que prestaram inestimáveis serviços à comunidade local e regional, motivo de orgulho a todos nós.

Em uníssono rendemos, agradecimentos ao nosso eterno guia pela milagrosa ação de nos conceder uma Escola tão importante. Uma verdadeira lição de vida!

Sabemos, amigo e companheiro Rossi, que intercede pelo nosso êxito, pois foi parte fundamental dessa conquista.

Nossas singelas homenagens e agradecimentos àqueles que se preocupam com os destinos do Instituto de Educação. 

Engenheiro Agrônomo Adair de Paula Aguiar, 

Ex-aluno – Turma de 1953, residente em Sete Lagoas/MG