Publicado em 20/04/2019 - especial - Da Redação
A banda muzambinhense Prole Nua foi a única selecionada de Minas Gerais para para fazer parte da coletânea “Let’s Go Grrrls 2”. O projeto tem o objetivo de incentivar a participação feminina no cenário do rock undergound.
“Enorme satisfação de participar, pois ter a nossa música nessa coletânea está abrindo novas oportunidades de podermos mostrar outras músicas nossas e também divulgar outras bandas que, assim como a gente, estão aí tentando fazer acontecer”, exalta a vocalista da Prole Nua, Elaine Siqueira.
Além da banda de Muzambinho, foram selecionadas outras 20 bandas para participar do CD, incluindo três bandas internacionais, da Itália, Polônia e Estados Unidos.
O Projeto “Let’s go Grrrls” foi criado em 2005 e composto por uma coletânea em CD e um Festival, reunindo bandas com representação feminina, mostrando que o lugar da mulher é onde ela quiser – inclusive no Rock.
“Como sabemos que há uma cena acontecendo nas grandes cidades tentamos estar presente nela, vimos no site TNB sobre o projeto LETS Go GRRLS, achamos incrível a proposta e enviamos o som da banda para eles, e o que para nós parecia inalcançável aconteceu, pois fomos selecionados para participar”, disse o integrante David Willian.
A Banda - A Prole nua existe desde 2014 e é formada pelo guitarrista David William e a vocalista Elaine Siqueira. Quando gravam, a dupla conta com o apoio do baterista Patrick Marques e o baixista Fernando Reis.
Com a seleção para o projeto, a banda espera ter mais espaço na cena musical da região.
“Não só para nós, mas também para as bandas autorais da região que existem e que inspire novas a surgirem”, afirma David.
“Como a maioria das pessoas daqui não ouvem rock, muito menos as suas vertentes, é um pouco difícil de divulgar esse estilo de música por aqui, e a maioria dos shows que há na região são de bandas covers”, ressalta Elaine.
A banda tem trabalho autoral inspirado em reflexão de sentimentos e revolta com o que acontece com a sociedade. Ainda segundo Elaine, o mundo do rock underground ainda tem pouco espaço para as composições femininas. “Existe respeito mas afrontas também! Ainda se nota uma dúvida do público em relação a competência de mulheres em bandas, é difícil digerir isto às vezes, mas com apoio de eventos como “Let’s Go Grrrls” que nos ajuda a combater o certo machismo que ainda existe, fortalecendo nosso “sexo frágil”, ressalta a vocalista.
Fonte: Portal da Cidade Guaxupé