Atlético é o clube mais endividado do Brasil; Cruzeiro é o nono

O Atlético é o clube da Série A que acumula a maior dívida do futebol brasileiro, em um débito total de R$ 553 milhões. Os dados são relativos à 2015 e foram divulgados pela Revista Época, em parceria com o Itaú BBA. o ranking revela o tamanho do rombo do futebol nacional: juntos, os clubes da Série A devem R$ 4,8 bilhões de reais.

No ranking divulgado, o Galo registrou o crescimento dos débitos de R$ 204 milhões em relação à 2014. Já o Cruzeiro ocupa a nona colocação, com R$ 262, um aumento de R$ 41 milhões.
Fundamentados nos balanços divulgados por cada clube, o levantamento levou em consideração três grupos de dívidas: bancárias, operacionais e fiscais. O primeiro grupo é considerado o mais perigoso, devido à alta dos juros. O segundo abrange débitos com jogadores, outros clubes e fornecedores. Por último e menos urgente, são as fiscais, já que o Profut, programa do governo federal assinado pelos clubes brasileiros no ano passado, garante o parcelamento destes débitos em 20 anos.
Restante do Campeonato
Segundo a revista, a assinatura do Profut é uma das razões para o aumento da dívida fiscal, já que muitos cartolas omitiam este tipo de débito de seus balanços.
Prova disto é que, no plano nacional, a dívida fiscal foi a que mais cresceu de 2014 para 2015 no Campeonato Brasileiro, com aumento de mais de R$ 500 milhões, chegando à R$ 2,33 milhões. A dívida operacional se manteve em R$ 980 milhões, enquanto a bancária subiu para R$ 1,48 bilhão. O rombo dos clubes aumentou mais da metade em cinco anos, quando comparado com o ano de 2011.
Logo abaixo do Atlético, o Flamengo é o segundo time mais devedor do Brasil, com débitos de R$ 546 milhões, seguido do Vasco, com R$ 457 milhões. As duas equipes reduziram os valores devidos em relação à 2014.
No final da lista, a Chapecoense é o time com o menor rombo financeiro, com apenas R$ 5 milhões devidos. o Joinville é o penúltimo, com R$ 19 milhões e Ponte Preta é a terceira com menos dívidas, avaliadas em 35 milhões.

FONTE: O TEMPO