Cruzeiro cede empate para o Vitória e sai vaiado do Mineirão

Com a apresentação de Rafael Sóbis e Ramón Ábila servindo como um combustível extra para inflamar o Mineirão na manhã de domingo, o Cruzeiro pegou o Vitória para se reabilitar no Brasileirão e tentar repetir o ambiente visto na vitória contra o Palmeiras, na última semana.

Era mais uma chance de tentar colocar fim nos altos e baixos que insistem em aparecer na atual temporada. Pela frente, o time baiano que não perdia há três jogos. A vitória, que esteve tão perto, acabou escapando nos minutos finais. A vantagem de 2 a 0, além do fato de jogar com um atleta a mais desde os 2 minutos do segundo tempo, não foram suficientes para a reabilitação.

As vaias, que apareceram para os dois laterais no primeiro tempo, acabaram se espalhando para todo o time após o segundo gol baiano, mostrando a frustração de dois pontos que farão falta na contagem ao final do campeonato.

Apesar da boa presença de público (45.638 presentes), o Cruzeiro não conseguiu se impôr no começo do jogo. Com apenas 20 minutos, o Vitória já havia levado perigo real ao gol de Fábio em pelo menos três oportunidades. Espaços eram criados com facilidade pelo lado esquerdo da defesa celeste, tendo Marinho como protagonista inicial. Fábio teve que intervir em uma das chances para evitar o pior.

Não demorou para a dupla de laterais começar a ser vaiada em virtude de falhas seguidas cometidas com pouco tempo de bola rolando. Não bastando os sustos lá atrás, os erros de passes eram constantes no meio e pouca posse de bola era conquistada no campo ofensivo.

Em uma das primeiras tramas de sucesso no ataque, aos 23 minutos, o Cruzeiro achou o gol que aliviou um pequeno drama que se desenhava. Alisson tirou bem do goleiro após receber cruzamento por baixo, pela direita. A torcida, até então apreensiva, finalmente se soltou e pôde empurrar o time com um pouco mais de tranquilidade.

O gol, que poderia ser um divisor de águas, ficou na vantagem mínima ao time da casa. Bem postado no meio, o Vitória seguiu incomodando e não demorou para Fábio salvar o time novamente. Terminar o primeiro tempo na frente foi além do que o Cruzeiro merecia.

Foram necessários apenas dois minutos no segundo tempo para o Cruzeiro ficar com um jogador a mais. Novo alívio para os mineiros.

Com mais espaço para trabalhar, o segundo gol veio aos 10 minutos para deixar a Raposa mais perto da vitória. O tento jogou fogo na torcida, que fez bem seu papel na arquibancada.

O gol de Diego Renan, de pênalti, aos 19 minutos, fez uma situação aparentemente controlável se reverter. O sofrimento seguiu até o final, com o Vitória tentando pressionar e sendo premiado aos 37 minutos com gol de Vander, no rebote da zaga. O tento baiano foi uma ducha de água fria no caldeirão azul, que ficou murcho após uma vitória praticamente garantida cair por terra. Antes do apito final, os visitantes por muito pouco não viraram o jogo, deixando a impressão de que o que estava ruim poderia terminar em tragédia.

Na próxima quarta-feira, o mesmo Vitória aparece no caminho azul, desta vez pela Copa do Brasil.

FONTE: O TEMPO