Paraíso recebe Escola Nacional de Treinadores de Basquete

Publicado em 20/06/2012 - esportes - Da Redação

Desde o sábado (16/05), todas as atenções esportivas estão voltadas para a Arena Olímpica de São Sebastião do Paraíso, onde acontece a Copa América de Basquete sub 18. Entretanto, poucos sabem que outro evento de importância semelhante acontece de forma simultânea na cidade: são as aulas da Escola Nacional de Treinadores de Basquete (ENTB), que conta com a presença de renomados técnicos nacionais e internacionais. Na lista dos técnicos brasileiros participantes estão nomes como Guerrinha, Lula Ferreira, Enio Vecchi, Alberto Bial, Sérgio Maroneze e Tácito Pinto. O espanhol Aíto García e o argentino Sergio Hernandez, medalhistas nos Jogos Olímpicos de Pequim, são os nomes internacionais do corpo docente. O projeto nasceu no Brasil em 2010 e tem como objetivo disseminar o conhecimento e a experiência de profissionais bem sucedidos para novos treinadores em todo o país, uma vez que são poucas as publicações específicas sobre o assunto. “Muitos não sabem por onde começar e a escola vem preencher essa lacuna. Esse curso viaja o país todo. Estabelecemos uma região e damos o curso”, conta Paulo Bassul, ex-treinador da seleção feminina e coordenador da ENTB.
Em pouco mais de dois anos de existência, cerca de mil pessoas já participaram de pelo menos um dos três módulos do curso. “Estabelecemos três níveis de formação: o nível 1, que vai de 10 a 14 anos. O nível 2 de 15 a 19  anos e o  nível 3 a partir de 20 anos. Dentro de cada nível, existem temas adequados para a faixa etária em questão”, explica Bassul. Em Paraíso, o curso é focado no treinamento de equipes adultas.
Presente nas Olimpíadas de Sidney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008), ele afirma que ainda existe muito trabalho a ser feito até que os primeiros objetivos da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) sejam alcançados através da escola. Para Bassul, a receptividade da classe tem sido de suma importância para o sucesso do projeto em diversas regiões brasileiras. “Os treinadores estão entendendo que a escola serve para disseminar o conhecimento, que é algo necessário”.
Ao capacitar os treinadores brasileiros, Paulo Bassul diz que a Escola Nacional de Treinadores espera que os resultados sejam vistos dentro de quadra, com a descoberta de novos talentos e a conquista de títulos internacionais. “Queremos aumentar a quantidade e a qualidade dos treinadores. Com isso, novas equipes e talentos surgirão. É possível o basquete ser tão bom como foi no passado”, completa. O coordenador da ENTB lembra que a criação da liga NBB (Novo Basquete Brasil) também dá novos rumos ao basquetebol brasileiro.

Paraíso como pólo do basquete nacional
Para Bassul, São Sebastião do Paraíso conta com os dois principais ingredientes para se firmar como uma das capitais da modalidade esportiva no Brasil: estrutura e boa vontade. “Tem lugares que não casam as duas coisas e isso é um problema. Aqui vocês tem uma arena fantástica, espetacular para os padrões brasileiros e conseguiram aliar isso à vontade de fazer. Tem muita gente envolvida esportiva e politicamente com o desejo de fazer o basquete crescer”, comenta. 
As aulas da Escola Nacional de Treinadores de Basquete acontecem até amanhã na cidade. As ministrações teóricas acontecem no Teatro Municipal Sebastião Furlán e as práticas na Praça de Esportes Castelo Branco.

ASCOM