Publicado em 07/03/2017 - geral - Da Redação
Bancada fraca de apoio ao Governador
O governador petista Fernando Pimentel tentou reunir a bancada federal de Minas para unificar uma atuação conjunta com a bancada federal quanto as contas de Minas junto a União. Pimentel quer fazer um acerto de contas com a União, compensando os valores que o Estado tem a receber do governo Federal em razão da Lei Kandir.Todavia nem mesmo os prefeitos se mobilizaram para atuar em conjunto com o governo do Estado e menos da metade dos 53 deputados federais mineiros compareceu ao almoço promovido no Palácio da Liberdade na segunda, 6, o que mostra pouca liderança do governador. (Gazeta de Varginha)
Parlamentares não se sentem prestigiados
Pimentel, que começou seu governo aumentando impostos, não fez os ajustes na máquina pública como havia prometido, pelo contrário, encheu as estatais e o governo com cargos de confiança onde estão ex-prefeitos petistas e aliados políticos. Além disso, boa parte da bancada federal do Estado não se sente prestigiada por Pimentel, que não ouviu os deputados federais no preenchimento das vagas no Estado. A julgar por desencontros como o dessa semana, será difícil para Pimentel conseguir colocar de pé sua candidatura a reeleição. (Gazeta de Varginha)
Mobilização fora do ninho dos tucanos
Aliados de primeira hora do senador Aécio Neves (PSDB) estão em franca dispersão em Minas Gerais. Nomes como os do deputado federal Luiz Fernando Faria, do ex-presidente da Assembleia Dinis Pinheiro e do ex-governador Alberto Pinto Coelho já articulam, intensamente, uma viabilidade eleitoral, para o governo do Estado, fora do espectro aecista. O projeto alternativo se deve ao fato de os aliados não verem mais a mesma força em Aécio para liderar uma candidatura vencedora no Estado. (Folha da Manhã)
Estudantes podem ter tarifa zero em Sete Lagoas
A Câmara Municipal de Sete Lagoas está apreciando anteprojeto de lei que "concede aos estudantes isenção integral do pagamento de tarifa do transporte público de passageiros no município de Sete Lagoas. A proposta é do vereador Milton Martins (PSC). (Boca do Povo)
Poços promove o Dia da Mulher Servidora
A Secretaria Municipal de Administração e Gestão de Pessoas, promove o Dia da Mulher Servidora em Poços, em alusão ao Dia Internacional da Mulher. O evento será realizado nesta quinta-feira, 9, em dois horários, de forma que todas as servidoras interessadas possam participar. O evento contará com palestras, atividades recreativas, estandes com informações e ações de serviços sociais. A Prefeitura conta com 4.700 mulheres no quadro de servidores. (Jornal da Cidade)
Indústria Mineira diminui ritmo de queda
A indústria mineira começa a dar sinais de recuperação. Dados da pesquisa Indicadores Industriais da Fiemg mostram que o faturamento subiu 1,4% em janeiro, alavancado, principalmente, pelo bom desempenho dos setores de metalurgia e de produtos têxteis. Quando comparada a janeiro de 2016, a variável ainda é negativa, com queda de 5,3%. No acumulado dos últimos 12 meses, a redução foi de 10,5%. De acordo com o superintendente de Ambiente de Negócios da Fiemg, Guilherme Veloso Leão, entretanto, o ritmo de queda tem perdido força. (Ascom Fiemg)
Câmara faz 450 indicações ao prefeito em 2 meses
Em 60 dias de atuação, a produção legislativa dos vereadores de Divinópolis chama a atenção pelo elevado número de proposições endereçadas ao Executivo Municipal. Os pedidos neste início de legislatura, em geral, referem-se a tapar buracos; instalar placa de proibição de lixo; calçar, patrolar e cascalhar ruas;fazer limpeza de fossa; asfaltar estrada,implantar semáforo ou rotatória, iluminação pública, programa olho vivo em bairro etc. (Jornal Agora)
Cervejaria entra em operação em Uberaba
Com investimento de R$5 milhões anunciado no ano passado em Uberaba, cervejaria TUG tem inauguração prevista até maio. A unidade entrou em fase preliminar de operação a partir deste mês. O prefeito Paulo Piau (PMDB) e o secretário José Renato Gomes visitaram a fábrica para acompanhar o processo. Inicialmente, a unidade produzirá 25 mil litros/mês e ofertará quatro tipos de bebida (Pilsen, German Pils, English Pale Ale e Weizenbier). A meta é diversificar o menu e aumentar a produção até o fim do ano. (Jornal da Manhã)
O FECHAMENTO DA FNAC
Stefan Salej
O fechamento de 12 lojas da consagrada cadeia de eletrônicos e livros francesa FNAC no Brasil caiu para incautos como um raio durante as tempestades de verão. E a notícia que se propagou foi que o Brasil não é um país onde uma empresa tão consagrada, com quase 25 bilhões de reais de faturamento no mundo, possa sobreviver. Nas redes sociais e debates nos botequins da elite econômica, a notícia foi mais comentada do que a quebra da Sette Brasil, fabricante de sondas para perfuração de petróleo, que deu um prejuízo trilionário aos cofres já vazios do Estado brasileiro. Ou a da OI, companhia de telecomunicações, cuja quebra passou de 40 bilhões de reais. Ou a do setor elétrico, cujos números mudam todo dia e também passam de bilhões e bilhões.
Coitado do Brasil e dos brasileiros que não conseguem segurar uma FNAC, desde o ano passado associada a outro gigante de eletrodomésticos e eletrônicos franceses, Darty. A FNAC, fundada em 1954 na França, como uma espécie de cooperativa para vendas aos executivos, tinha um modelo de negócio que atraia o comprador. E ele incluía como a sua base funcionários especializados, bem treinados, que atendiam bem às necessidades, desejos e sonhos dos clientes. Além de seus preços atrativos. Mas o mundo mudou, apareceu a Amazon, o comércio eletrônico, os livros eletrônicos, streaming na música e o cliente também mudou. A FNAC entrou em uma crise que durou anos, nos quais abriu filiais no Brasil, até que depois de uma longa batalha de negócios conseguiu se juntar com a Ricardo Eletro francesa, a Darty. E agora as duas empresas já deram lucro e avançaram em vendas.
O Brasil ilude muito a empresa estrangeira. Um potencial enorme de mercado, mas concorrência feroz de empresas do mundo inteiro. E os impostos e a legislação trabalhista são complexos e altos. E às vezes os modelos de negócios que dão muito certo em outros países não dão certo aqui. A FNAC mudou e se adaptou na Franca, mas parece que a adaptação no Brasil não seguiu o mesmo ritmo. O mesmo aconteceu com a gigante de energia francesa EDF quando comprou Light no Rio de Janeiro e saiu do mercado. Ou então com a rede de hotéis Accor, que acaba, ao contrário da FNAC, de anunciar que ampliou suas atividades no Brasil, incorporando mais 28 hotéis à suas rede de mais de 200 hotéis. Também empresa francesa.
Mas, para nossa alegria, continuam no mercado a Leitura, genuinamente mineira, a Cultura, em São Paulo, sempre melhor, a Livraria da Vila, e, apesar do lamentável desaparecimento da Livraria da Vinci no Rio, continua sempre o sucesso de Cia. De letras e outras editoras. Nem tudo acabou com a FNAC.
STEFAN SALEJ - Empresário / Ex Presidente do Sebrae Minas e da FIEMG- FEDERACAO DAS INDUSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS
ascom