
Deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, secretários de Estado e dirigentes do Sind-Ute participaram, no dia 3/10, da primeira reunião da comissão criada após a suspensão da greve dos professores estaduais. Realizada na Cidade Administrativa do Governo de Minas, a reunião foi fechada e recebeu avaliação positiva dos participantes que, ao final, concederam entrevista à imprensa presente no local.
Para a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazolla, “a reunião, embora não tenha sido de soluções, foi respeitosa e cordial”. Ela disse que já foi combinado um pré-cronograma de reuniões, a serem realizadas toda semana, com temas definidos. A expectativa dela é de serão necessárias, no mínimo, três para se chegar a um bom termo quanto as reivindicações da categoria.
Uma das propostas trazidas pelo sindicato, segundo Ana Gazolla, foi quanto à reversão das punições impostas aos grevistas pelo governo. Ela destacou, entre as punições que o Sindicato quer reverter, a exoneração de diretores e vice-diretores que aderiram à greve e ainda o pagamento imediato dos dias parados. A secretária disse que já nesta quinta-feira (6), o Governo do Estado se pronunciará por escrito sobre esses assuntos. E adiantou que, com base nessa resposta, o Comando de Greve do sindicato se reunirá no sábado (8) para avaliar a proposta. Nova reunião da comissão reunindo deputados, secretários e professores foi marcada para a segunda-feira (10), de 15 às 17 horas.
O deputado Pompilio Canavez, afirmou que : os trabalhos da comissão foram produtivos, há uma convergência entre seus membros na busca de soluções que atendam às demandas dos educadores mineiros “.
Já a coordenadora-geral do sindicato, Beatriz Cerqueira, espera que as pendências quanto a punições de grevistas sejam resolvidas de imediato para que se passe para a negociação do assunto mais importante a ser tratado na comissão – a adoção do piso nacional da categoria. Para ela, se a greve não foi considerada ilegal, o governo não pode punir os que aderiram. Sobre o piso, na opinião dela, os números mostram que o Governo do Estado tem condições de pagá-lo, incorporando-o à carreira de todos os profissionais da educação. “Há uma complementação de recursos por parte do Governo Federal, e também os recursos do Fundeb”, reafirmou.
Também estiveram presentes à reunião os secretários de Estado de Governo, Danilo de Castro, e de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena. Pela ALMG, participaram os deputados Rogério Correia (PT), João Leite (PSDB), Pompílio Canavez (PT), Ivair Nogueira (PMDB), Sebastião Costa (PPS) e Duarte Bechir (PMN). Também estiveram presentes as diretoras do Sind-Ute, Feliciana Alves, Lecioni Pereira e Marilda Araújo.