Publicado em 18/03/2014 - geral - Da Redação
Vamos dar um Rolé
(Jornal A Folha de Burarama - Capitão Enéas/MG)
Me engana que eu gosto
Muitos de vocês, como eu também, hão de se perguntar por que, depois de tantos escândalos envolvendo os dois governos petistas, a popularidade de Dilma e Lula se mantém alta e o PT cresceu nas últimas eleições municipais. Seria muita pretensão dizer que sei a resposta a essa pergunta. Não sei, mas, porque me pergunto, tento respondê-la ou, pelos menos, examinar os diversos fatores que influem nela. Assim, a primeira coisa a fazer é levar em conta as particularidades do eleitorado do país e o momento histórico em que vivemos. Sem pretender aprofundar-me na matéria, diria que um dos traços marcantes do nosso eleitorado é ser constituído, em grande parte, por pessoas de poucas posses e trabalhadores de baixos salários, sem falar nos que passam fome. Isso o distingue, por exemplo, do eleitorado europeu, e se reflete consequentemente no conteúdo das campanhas eleitorais e no resultado das urnas. Lá, o neopopulismo latino-americano não tem vez. Hugo Chávez e Lula nem pensar. Historicamente, o neopopulismo é resultante da deterioração do esquerdismo revolucionário que teve seu auge na primeira metade do século 20 e, na América Latina, culminaria com a Revolução Cubana. A queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética deixaram, como herança residual, a exploração da desigualdade social, já não como conflito entre o operariado e a burguesia, mas, sim, entre pobres e ricos. O PT é exemplo disso: nasceu prometendo fazer no Brasil uma revolução equivalente à de Fidel em Cuba e terminou como partido da Bolsa Família e da aliança com Maluf e com os evangélicos. Esses são fatos indiscutíveis, que tampouco Lula tentou ocultar : sua aliança com os evangélicos é pública e notória, pois chegou a nomear um integrante da seita do bispo Macedo para um de seus ministérios. A aliança com Paulo Maluf foi difundida pela televisão para todo o país. Mas nada disso alterou o prestígio eleitoral de Lula, tanto que Haddad foi eleito prefeito da cidade de São Paulo folgadamente. E o julgamento do mensalão ? Nenhum escândalo político foi tão difundido e comprovado quanto esse, que resultou na condenação de figuras do primeiro escalão do PT e do governo Lula. Não obstante, o número de vereadores petistas aumentou em quase todo o país.E tem mais. Mal o STF decidiu pela condenação de José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, estourava um novo escândalo, envolvendo, entre outros, altos funcionários do governo, Rose Noronha, chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo e pessoa da confiança e da intimidade de Lula. Em seguida, as revelações feitas por Marcos Valério vieram demonstrar a participação direta de Lula no mensalão. Apesar de tudo isso, a última pesquisa de opinião da Datafolha mostrou que Dilma e Lula continuam na preferência de mais de 50% da opinião pública. Como explicá-lo ? É que essa gente que os apoia aprova a corrupção ? Não creio. Afora os que apoiam Lula por gratidão, já que ele lhes concedeu tantas benesses, há aqueles que o apoiam, digamos, ideologicamente, ainda que essa ideologia quase nada signifique. Esse é um ponto que mereceria a análise dos psicólogos sociais. O cara acha que Lula encarna a luta contra a desigualdade, identifica-se com ele e, por isso, não pode acreditar que ele seja corrupto. Consequentemente, a única opção é admitir que o Supremo Tribunal Federal não julgou os mensaleiros com isenção e que a imprensa mente quando divulga os escândalos. O que ele não pode é aceitar que errou todos esses anos, confiando no líder. Quando no governo Fernando Henrique surgiu o medicamento genérico, os lulistas propalaram que aquilo era falso remédio, que os comprimidos continham farinha. E não os comprovam, ainda que fossem muito mais baratos. Esse tipo de elitor mente até para si mesmo. Não obstante, uma coisa é inegável: os dirigentes petistas sabem que tudo é verdade. O próprio Lula admitiu que houve o mensalão ao pedir desculpas publicamente em discurso à nação. Por isso, só lhes resta, agora, fingirem-se de indignados, apresentarem-se como vítimas inocentes, prometendo ir às ruas para denunciar os caluniadores. Mas quem são os caluniadores, o Supremo Tribunal e a Polícia Federal ? Essa é uma comédia que nem graça tem.
( Ferreira Gullar - Jornal Folha de São Paulo - SP)
Lago de Furnas
A ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico, divulgou que o reservatório estava com 48,8% do seu volume útil; há dois anos o nível da represa estava em 81,22%. Num primeiro momento a nota pode expressar uma preocupação com a pouca ocorrência de chuvas ocasionada por variações climáticas fora do controle humano. Acreditamos no entanto, que isto deve ser visto como um alerta maior para uma reavaliação da nossa matriz energética. Um país continental que pode fazer uso dos ventos, do sol, da energia proveniente da queima de carvão, petróleo e principalmente da energia hidro-elétrica tem que melhor dimensionar as suas utilizações, ou será que estamos esquecendo que para progredir a demanda de energia tem que crescer paralelamente e a custo adequado para não comprometer o parque produtivo. (Jornal O Pergaminho - Formiga/MG)
Brasil cai 159 posições
Ao contrário do que ocorreu com outros países emergentes, caiu a participação do Brasil nos estoques globais de investimentos nos últimos anos, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A participação teve queda de 1,96% em 1990, para 0,99% em 2012, quando os investimentos brasileiros no exterior somaram US$ 266,2 bilhões. Para a entidade, a perda de espaço do País é resultado da falta de políticas coordenadas para apoiar a internacionalização das empresas. Enquanto o Brasil reduziu seus investimentos externos, outras economias aumentaram a participação no estoque global. A participação dos países em desenvolvimento nos estoques globais de investimentos subiu de 6,92% em 1990, para 18,9% em 2012. No mesmo período, a China aumentou de 0,21% para 2,16%, a Russia passou de zero para 1,75%, e o Chile, de 0,1% para 0,41%. “O Brasil está na contramão do que tem ocorrido com outros emergentes”, afirmou o especialista em política e indústria da CNI, Fabrizio Panzini. Para estimular os investimentos das empresas brasileiras no exterior, a CNI aponta que o Brasil deve fechar acordos para evitar a dupla tributação com países como Estados Unidos, Colômbia, Austrália, Alemanha e Reino Unido. Para a entidade, o país também deve eliminar a insegurança jurídica do modelo brasileiro de tributação dos lucros obtidos no exterior e negociar acordos de proteção aos investimentos para reduzir o risco político, com países como Argentina, China, México, Moçambique e Angola. “Ao mesmo tempo em que há ações positivas no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), existe um sistema de tributação que reduz a competitividade e aumenta a insegurança jurídica dos investimentos no exterior”, afirmou o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi. Ele acrescentou que a CNI percebe falta de coordenação entre os diferentes órgãos brasileiros que apoiam a internacionalização das empresas. A entidade defende também a agilidade no início das operações do BNDES em Londres, “para reduzir o custo do financiamento das empresas”. No ranking da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o Brasil perdeu 159 posições entre 2008 e 2012. O País caiu da 20a. posição para a 179a. na lista de 182 países. O acesso a novos mercados são apontados pelas empresas como principal motivação para investimentos no exterior. Isso concede a elas a oportunidade de diversificar o risco quanto ao ciclo econômico no Brasil, reduzir custos de produção para enfrentar a concorrência internacional, acessar novas tecnologias de produção e gerenciamento, ter acesso a insumos mais baratos, acesso a outros mercados com os quais o país de destino tem acordos de livre comércio, além de driblar barreiras comerciais. Na pesquisa feita pela CNI, os Estados Unidos são apontados como país prioritário para a celebração de acordos para evitar a dupla tributação. Em seguida, aparecem Austrália e Colômbia. A pesquisa foi realizada com 28 empresas transnacionais brasileiras, que representam um terço do valor total das exportações do País em 2012. Das 28 empresas, 22 são do setor industrial, de áreas como mineração, equipamentos de transporte, autopeças, financeiro, construção civil, alimentos, entre outras. São coisas e mais coisas do PT.
(Jornal de Montes Claros - Montes Claros/MG)
Crise dos Correios
O que começa errado costuma ficar pior ainda. E é o que está acontecendo no Ministério das Comunicações, principalmente com os correios. São correspondências que em função da greve estão com mais de 20 dias de atraso. Os usuários dos Correios estão super preocupados. Com a falta na entrega, clientes e fornecedores das empresas estão cada vez mais na pior. E que se dane. A corda rebenta do lado mais fraco, ou seja, dos usuários. Atrasos nos pagamentos, faturas vencendo, notas fiscais que não chegam. E os juros e multas disso tudo quem paga ? São ou não são os usuários. Virou tudo um verdadeiro inferno. As encomendas registradas, Sedex, Sedex 10, Pacs, etc. que os remetentes pagam caro, estão sempre atrasadas nas entregas. E os ARs que os carteiros não estão recolhendo nos destinatários. Os Correios que sempre foi considerada uma empresa séria no Brasil está agora perdendo totalmente a credibilidade. Ninguém sabe como isto vai acabar. Se é que vai acabar. Parece que há diferenças em jogo.
(Rede Sindijori - Belo Horizonte/MG)
Sistema Fiemg
O empresário Olavo Machao Junior foi reeleito presidente do Sistema Fiemg para o quadriênio 2014/2018 com 128 votos. A eleição, em chapa única, foi realizada na última quinta-feira (13/03), na sede da Federação, em Belo Horizonte, durante assembléia geral do Conselho de Representantes da Fiemg, cujos delegados são também presidentes dos sindicatos patronais da indústria do Estado e entre eles o Sindijori. Pela primeira vez na história da Fiemg uma chapa única é eleita pela unanimidade dos presentes. A posse da nova diretoria será em 15 de maio, quando se comemora o “Dia da Indústria”.
(Imprensa Fiemg - Belo Horizonte/MG)
Fonte: ASCOM