Ambiente Legal homenageia Mário Zan

Programa Ambiente Legal(NUPEM), em tempo real na internet pela Rádio do Povo AM 1.070 com Otonelson Eduardo Prado, leitores de A Folha Regional e os visitantes do site Muzambinho.com, trouxe (15/11), Antonio João Salvador para uma pauta que não pode ser esquecida. Nela se fala da história local, circunstâncias diversas ou de personalidades que marcaram o Brasil. Desta vez, foi escolhido o músico ítalo-brasileiro, Mario Giovanni Zandomenighi, simplesmente Mário Zan que se celebrizou com suas lindas composições musicais ou, também, como gostaria de ser reconhecido “o moleque da sanfona”, dito por ele mesmo em algumas ocasiões. Mário chegou ao Brasil vindo da Itália, em 1920, aos nove anos de idade. A família veio morar em Santa Adélia, região de Catanduva e São José do Rio Preto. Fascinado pela música, de início estudou acordeom com Ângelo Reale e teoria musical com o maestro Tripicchioni, o que havia de melhor para sua iniciação no mundo artístico musical. Segundo constam algumas narrativas acerca de Mário Zan, ele só se destacou ao substituir um músico do Capitão Furtado em excursão pelo interior de São Paulo a Mato Grosso. Alguns abandonaram a turnê e outros seguiram até o Paraguai. A trilogia musical de Mário Zan é volumosa, ganhou destaque. Suas criações possuem o cheiro da simplicidade. Conquistam rapidamente o ouvinte. É rica em nuances, recheada de generosidade para com todos os músicos. Algumas de difícil execução é bem verdade. Outras, não. Fez de tudo um pouco. Folguedos, valsas, choro, rancheiras, rasqueados, polcas, xótis. Um trabalho prodigioso em páginas e páginas musicais. Foi com o Quarto Centenário, dedicado a cidade de São Paulo, que Mário Zan conheceu o sucesso. Aliás, o Quarto Centenário até hoje é uma esperança na alma dos paulistanos. Enchem-se de alegria ao ouvi-la. No programa Ambiente Legal, executamos algumas de suas melhores páginas musicais — se é que se possa dizer assim, pois cada uma é melhor que a outra —: Nova flor; Só para você; Sanfoneiro folgado e Chalana. Mário era um artesão de partituras; um exímio acordeonista. Qualquer bom senso sente satisfação em ouvi-las. Seus letristas o interpretavam dando-lhe generosidade com estruturas poéticas fluentes e belas. Elaboravam composições literárias para as melodias de Mário Zan como se fossem carpinteiros do amor, da simplicidade e da beleza esplendorosa. São canções são fáceis, com palavras do cotidiano. Expressam com clareza, elegância e simplicidade as cenas do cotidiano. Diria que Mário Zan é genial com as melodias e, seus letristas, poetas da simplicidade cotidiana. Nova flor, um rasqueado do Mário Zan, possui inúmeras gravações no Brasil e no exterior. É um fenômeno de gravações no Brasil e no mundo. Grandes músicos nacionais brilham ao cantá-la. Roberto Carlos, Agnaldo Rayol, Roberta Miranda e outros. No inglês, Arthur Hamilton foi quem gravou pela primeira vez como o título de Love me like a satranger. Homenagear Mário Zan foi uma alegria para a produção do programa Ambiente Legal que há tempos elaborava a pauta para executá-la com Dr. Antonio João Salvador.

FONTE: NUPEM(Otonelson Eduardo Prado)