Publicado em 06/04/2011 - geral - Assessoria de Comunicação
A Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel definiu, na terça-feira (5/4), as novas tarifas da Cemig Distribuição. Foi autorizado um reajuste de 6,61% para os 5,8 milhões de consumidores residenciais da Empresa. Já para os demais consumidores de média e alta tensão, o reajuste será de 9,02%. Na média geral, o impacto do reajuste para todas as classes consumidoras será de 7,24%.Cálculo da tarifa
Outros fatores que também interferem diretamente no cálculo da tarifa são a dimensão da distribuidora e o consumo médio de seus clientes. A Cemig possui uma grande área de concessão (578,4 mil km²) e a maior extensão de rede da América do Sul (467 mil km), em função da amplitude territorial do Estado. Isso acarreta aumento no volume de investimentos e alto custo de operação e manutenção das linhas e redes de distribuição. Além disso, o consumo médio mensal dos consumidores residenciais da Cemig é muito baixo, por volta dos 115 kWh.
Do valor cobrado na tarifa, apenas 29% ficam na Cemig e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação e o custeio da Distribuidora. Os demais 71% são repassados para cobrir encargos setoriais (13,1%), tributos (25,2%), energia comprada (27%) e encargos de transmissão (5,7%).
Direto na fatura
Conforme determina a Constituição Federal, a Cemig é obrigada a realizar a cobrança de tributos diretamente na conta do consumidor e repassá-los às autoridades competentes. Os tributos PIS/Pasep e Cofins são exemplos de contribuições cobradas diretamente na conta, destinadas a manter programas sociais do governo federal, além dos voltados para o trabalhador. O ICMS, um tributo estadual, é cobrado diretamente na fatura do consumidor e repassado integralmente ao governo estadual. No caso de Minas Gerais, os consumidores residenciais com consumo inferior a 90 kWh/mês, cerca de 2,8 milhões, são isentos desse tributo.
Também é cobrada a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP), definida pela administração municipal. A Cemig apenas arrecada essa taxa de iluminação pública e a repassa para o município. O pagamento desse tributo pelo consumidor atribui às prefeituras municipais a responsabilidade pelos serviços de projeto, implantação, expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública.
Consumidores de baixa renda
Nos 774 municípios de Minas Gerais nos quais a Cemig distribui energia, uma grande parcela de consumidores é rural (500 mil) ou de baixa renda (2,3 milhões). Esses clientes são beneficiados por um subsídio, pagando valor inferior ao custo da energia consumida.
No caso dos consumidores de baixa renda com consumo até 30 kWh mensais, o benefício resulta num desconto aproximado de 65%. Para o consumo entre 31 e 100 kWh, 40%, e para a faixa de 101 a 220 kWh é de 10%.
