
A violência doméstica tem sido retratada na mídia (inclusive nas telenovelas), mas o numero de denuncias ainda é baixo. Este tipo de violência pode ser explicita ou velada (quando a pessoa se cala) sendo praticada no âmbito familiar por pessoas que possuem grau de parentesco com a vítima.
Existem vários tipos de violência: na física ocorre agressão direta ou destruição de bens ou violência sexual, quando o parceiro mantém relações sexuais sem o consentimento da vitima; na psicológica as agressões são verbais, envolvendo a ameaça, gestos agressivos, xingamentos, causando danos morais e sociais; a violência socioeconômica ocorre quando a vitima é impedida de ter vida social ou ter controle sobre seu dinheiro e bens.
Atualmente a lei Maria da Penha embasa legalmente a penalidade para o agressor e a proteção da vítima, mas o medo, as ameaças, as justificativas e a crença em mudança do parceiro ainda são os maiores impeditivos para as denuncias no Brasil. Contudo, hoje qualquer pessoa pode fazer a denuncia, não carece necessariamente ser a vitima e a queixa na maioria dos casos não pode ser mais retirada antes do julgamento do agressor.
Muitas vezes a mulher se questiona como sobreviveria longe do companheiro e sobre a educação dos filhos, mesmo vivendo situações insuportáveis, que corroem sua autoestima, deixam marcas e aumentam as chances de se deprimirem. Mas sair de uma relação que machuca é uma questão de sobrevivência. E a mulher pode encontrar apoio e orientação nos Serviços de Assistência Social.
Ao sofrer qualquer tipo de violência é preciso denunciar, ela é importante para as mulheres que desejam se cuidar, despertar sua feminilidade e individualidade, ampliar sua autoestima e encontrar sua força interior e passar a tomar a vida nas próprias mãos.
POR: Cristiane de Cássia Martins Bissoli
Psicóloga, pós-graduando em Psicologia do Trânsito
Sugestões e contato: cristianebissolipsicologa@yahoo.com.br