Publicado em 05/12/2012 e atualizado em 05/12/2012 - geral - Da Redação
Aqui, nas Minas Gerais, as iniciativas de avanço, de crescimento, de ampliação dos horizontes, de fortalecimento de classe, de resgate da dignidade e importância da profissão que exercemos em nosso dia-a-dia esbarram no inarredável obstáculo da miopia causada pela paixão pelo próprio umbigo.
O publicitário mineiro (e aqui incluo todos os membros dessa vasta tribo da cadeia de comunicação, destacando, com ênfase, os anunciantes) trata qualquer iniciativa do mercado da mesma forma como os nossos fazendeiros interioranos tratam a compra de uma vaca.
—”Quanto o senhor quer na vaca, compadre?”
—”Quinhentos contos!”
—”Tá fechado. A vaca é minha. Tá aqui o cobre.”
Isto só vai acontecer, aqui em Minas, no dia que o Sargento Garcia prender o Zorro. Nunca.
Nada de aceitar a oferta e fechar o négocio.Tem de haver bate-boca, tem de haver questionamento, tem de haver uma longa e interminável interposição de argumentos. E enquanto isso, a vaca, com aquele seu olhar calmo e imbecilizado de americano mascando chicletes, continua em seu curral, agradecendo a Deus a pachorra de uma vida onde nada acontece...
Descortinemos horizontes mais amplos, onde a nossa profissão se destaque como exemplo de eficácia, respeitabilidade, competência, tudo isso unido por uma inabalável consciência de corporação. Você, que me lê nestas mal-traçadas, já parou para pensar como o mundo criado por Deus, aqui nas Gerais, seria muito fácil e a como a vida poderia ser melhor vivida sem essa complicação toda que já vem no miolo da gente, quando nascemos?
Mario D’Alcantara - SINDIJORI (Sindicato dos Proprietários de Jornais, Revistas e Similares do Estado de Minas Gerais) - Filiado a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG