Publicado em 06/05/2014 - geral - Da Redação
O consumo de leite cru está bastante relacionado com a crença de que é um produto mais forte, puro e nutritivo, além de apresentar um menor preço e muitas vezes com a facilidade de ser entregue em casa. A maioria dos consumidores de leite cru não considera sua ingestão um risco à saúde.
Apesar da maioria dos consumidores ferverem o leite (“tratamento térmico”), o tempo de aplicação do calor pode ser insuficiente para garantir um produto livre de riscos. Além disso, não tem como ter garantia de destruição de todos os microrganismos.
É frequente observamos em locais onde existe a prática de consumo de leite cru, que este fica exposto a temperatura ambiente por um grande período de tempo, até ser entregue ao consumidor. Sabe-se que durante pequenos intervalos de tempo ocorre multiplicação bastante elevada de microrganismos. Outro agravante é a forma em que são transportados e acondicionados. Os veículos utilizados, na grande maioria das vezes, não possuem recipientes refrigerados e o leite é envasado em recipientes impróprios, como garrafas plásticas tipo pet reaproveitadas.
O fato é que, com o tempo e o aumento da população, a produção leiteira nas fazendas não conseguiu alcançar as necessidades dos consumidores. O leite é um alimento repleto de nutrientes que é de inteira importância para a saúde do homem e para a proliferação de bactérias, também. Com isso, há mais de 120 anos desenvolveu-se um método que garantia os nutrientes do leite, mas exterminava bactérias que pudessem fazer mal ao homem, a pasteurização.
No entanto, o Brasil ainda possui os fãs do leite não pasteurizado. Para eles o sistema de pasteurização acaba com alguns nutrientes do leite e algumas enzimas benéficas ao organismo humano. Contudo, cientistas já comprovaram que a pasteurização não erradica estas bactérias e enzimas do bem. O necessário, mesmo, é reeducar a população brasileira ao consumo mais seguro.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), comprovou a existência de 7 doenças viróticas básicas e 16 doenças bacterianas veiculadas pelo leite, destacando-se: riquetsioses (febre Q), infecções e intoxicações bacterianas (tuberculose, brucelose, listeriose, clostridioses), intoxicações alimentares (principalmente devido à toxina do Staphylococcus aureus), febres tifóide e paratifóide, salmonelose e intoxicações estreptocócicas.
Em caso de dúvida, entre em contato com a Vigilância Sanitária, pelo fone 3551-2719.
Fonte: ASCOM / Prefeitura de Guaxupé