
Para debater com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) a abertura de uma linha de financiamento subsidiado para os hospitais filantrópicos, a Comissão de Saúde da ALMG realizou uma audiência pública no dia 9/11. A reunião buscou alternativas para que os hospitais tivessem juros menores e prazos mais longos para quitarem suas dívidas.
De acordo com o presidente da Comissão de Saúde, deputado Carlos Mosconi (PSDB), cerca de 50 hospitais filantrópicos em Minas possuem dívidas que variam entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões. “Muitas instituições de saúde no Estado estão fechando as portas por falta de condições financeiras.
A situação é agravada pelos poucos recursos que o setor possui e pelos baixos valores da tabela do SUS”, disse Mosconi.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge Marques, é necessário pensarmos em uma agenda socioeconômica para a saúde. De 2005 a 2010, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) transferiu cerca de R$ 1 milhão a instituições privadas sem fins lucrativos. “Se esses hospitais tivessem uma linha de crédito condizente com suas necessidades, poderíamos empregar esses recursos em reajuste do Pró-Hosp, por exemplo”, afirmou o secretário.
Dívida. A Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais (Federassantas) realizou um estudo com 102 instituições filiadas. Desse total, 62 apresentaram endividamento. O valor total da dívida é de cerca de R$ 500 milhões. O vice-presidente da Federassantas, Francisco de Assis Figueiredo, sugeriu uma linha de crédito especial para os hospitais filantrópicos, que recebem recursos do SUS pelos serviços ambulatoriais e de internação hospitalar.
O diretor-superintendente do BDMG, Saulo Marques Cerqueira, explicou que é necessária a ajuda do governo estadual e federal para que o banco tenha as condições adequadas para facilitar a linha de crédito. “Entendemos a necessidade das instituições filantrópicas. Por isso, sugiro um plano de trabalho conjunto para viabilizarmos uma solução que seja coerente para todos”. A reunião será marcada em breve entre a Federassantas, SES, BDMG e Comissão de Saúde da ALMG.
Texto: Janaina Massote - Assessora de Imprensa do dep. Carlos Mosconi (PSDB)
Gabinete Parlamentar em Belo Horizonte