Publicado em 03/01/2011 e atualizado em 03/01/2011 - geral - Assessoria de Comunicação
A cidade de Jacuí comemorou alegremente as festividades do final do ano de 2010, com destaque, nos últimos dias de dezembro, da realização da Festa da Congada, que teve belas apresentações dos Ternos de Congo: União, Canutos e Júlio Cristiano, ocorridas nos dias 26, 27 e 28/12 no calçadão da Praça Presidente Vargas. A participação da população foi expressiva e os congadeiros demonstraram ao público sua intensa religiosidade, uma característica que diferencia a festa de Jacuí de demais localidades, pois os Ternos, além de apresentarem cantos e passos de dança contagiantes, têm uma devoção fiel e singela aos santos protetores da Congada: Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Ifigênia. A festa ocorre há mais de um século no município, sendo descrita, já num texto de 1899, “Reminiscências da Comarca de Jacuhy”, de autoria de Francisco de Paula Souza, da seguinte forma: “Em Jacuhy são feitas muito poucas festas, e estas religiosas, porque as civis lá não se fazem, e d’entre aquellas a melhor e mais concorrida é a do Natal que ocupa tres dias consecutivos.
O que se nota, porem, é que os dias 25, 26 e 27 do referido mez são santificados em Jacuhy e por essa ocasião aflluem á cidade quasi todos os habitantes da roça e naquelles dias, depois da missa conventual, é que se assiste ás entregas e recebimentos das coróas (...). O grupo citado tem em Jacuhy o significado próprio de terno de congado e ha annos em que aflluem á festa seis e mais ternos!”Com diferença apenas no dia de início da festa, a cerimônia e seus rituais permanecem praticamente os mesmos.
Isso significa que a Congada representa para a sociedade jacuiense algo intrínseco à sua formação. Cada Terno conta com a participação de idosos, jovens e crianças, sendo que nestas últimas fica claro aos expectadores que a tradição segue adiante e que existe, principalmente por parte dos congadeiros mais antigos, uma imensa vontade de que a fé e devoção seja passada de geração à geração e dê continuidade ao ritual.Ana Paula Silva
Chefe do Departamento de Cultura






