Jovens servidores de Minas viajam a Cingapura para conhecer práticas de gestão

Publicado em 21/10/2009 - geral -

958_22A transformação de um país com escassez de recursos naturais em uma potência mundial por meio do uso eficiente de técnicas de gestão e planejamento é um processo consolidado por Cingapura, que lidera, pelo terceiro ano consecutivo, o ranking das classificações de facilidade global para fazer negócios. É com destino a essa nação em grande evidência no cenário internacional que 15 servidores mineiros – 14 participantes e um chefe de delegação – partem na sexta-feira (23), durante a quinta edição do Programa Jovens Mineiros Cidadãos do Mundo, coordenado pelas Secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) e de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes). Até 21 de novembro, quando retorna ao Brasil, o grupo estará imerso nessa realidade para que possa conhecer na prática a destacada expertise de Cingapura em gestão, governança e políticas governamentais. Segundo o subsecretário de Assuntos Internacionais da Sede, Luiz Antônio Athayde, essa iniciativa de intenso intercâmbio de saberes entre aquele país e um Estado subnacional na América Latina é uma experiência inédita.
“O programa é um esforço da área internacional para promover a apreensão de conhecimento por parte dos profissionais de Minas Gerais, nos âmbitos universitário e da administração pública. Ao lhes proporcionar uma vivência cosmopolita, visamos tornar a economia mineira mais competitiva e globalizada no que diz respeito a serviços, produtos e empresas”, explicou o subsecretário durante o encontro para preparação do grupo de participantes, realizado na segunda-feira (19).
Com apenas 4,5 milhões de habitantes e um território equivalente à cidade de Campinas, Cingapura possui hoje mais de 7.000 empresas multinacionais instaladas e opera o maior terminal de contêineres do mundo. Um estudo realizado pelo Banco Mundial (BIRD) determinou que a “pequena Suíça na Ásia”, como é conhecida, é hoje o país mais bem preparado para o comércio global, seguida por Holanda, Alemanha e Suécia. O Brasil ocupou o 61º lugar.
“O lançamento do módulo Servidores Públicos tem como objetivo definir as competências esperadas de cada um dos participantes para implantar estratégias capazes de viabilizar projetos e metas do Governo do Estado”, afirmou o subsecretário de Planejamento e Orçamento, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Thiago Coelho Toscano.
De acordo com ele, a partir da visão do todo, espera-se que os profissionais sejam capazes de avaliar o que pode ser importante para Minas no processo de transformação do estado. “Temos certeza que tanto os jovens servidores irão ganhar com essa experiência inesquecível, como Minas Gerais com o conhecimento que será trazido de Cingapura”, enfatizou.
Com vistas a potencializar as trocas de conhecimento, o programa de capacitação foi desenvolvido especialmente para receber o grupo e engloba: entendimento da particularidade do sistema de Cingapura e sua estrutura governamental; criação e manutenção de ambiente propício ao crescimento econômico e geração de emprego; sistema de uso integrado do espaço: habitação, transporte e planejamento urbano eficiente; mantendo o crescimento econômico daquele país através de gestão e planejamento – desenvolvendo e implantando elementos estratégicos.

Perspectiva – Para Cecília Oliveira Telles, especialista em políticas públicas e gestão governamental da Seplag e uma das pessoas selecionadas, é uma ocasião para conhecer novos modelos de trabalho. “Mesmo que não seja possível reproduzir práticas e processos da mesma forma como são aplicados em Cingapura, o aprendizado amplia horizontes e pode ser transformado em inovação na rotina de trabalho”, acredita.
A oportunidade única motivou o assessor fazendário Eliecim Júnior, da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF), a se inscrever no programa.  “Desde o início do processo venho pesquisando sobre o país. As leis rígidas me chamaram atenção e já me preparei para não cometer nenhuma infração”, revela.
Já o auditor fiscal da Receita Estadual, Christian Imana, foi impulsionado pelo desafio. “Tenho uma longa experiência na Europa e estou curioso para perceber as diferenças entre as práticas adotadas nos diferentes países”, projeta.