LIÇÃO DE VIDA memória dos antepassados

Publicado em 30/04/2015 - geral - Fernando de Miranda Jorge

LIÇÃO DE VIDA memória dos antepassados

Deus existe. A vida humana não pode ter sido criada para cair no vazio. É óbvio. “Alguma resposta tem que haver para os gritos de dor”. Aflitivos gritos. Esta esperança tem formas diversas conforme os religiosos de plantão. É que a confiança na vida, que permanece, dá um sentido e um valor definitivo a que tudo o que fazemos, suportamos, construímos e vivenciamos neste mundão do ‘que é isto’? Recordar com saudosismo aqueles a quem amamos, os quais estão vivos em nós, é quase como um sinal da nossa teimosa certeza de que a vida tem que ser algo mais do que um tempo passageiro e de peregrinação, ao fim do qual tudo termina. Como assim, gente? Sempre penso nisso com uma grande interrogação e convicção do contrário. Penso nos tempos idos e dos nossos antepassados. Era diferente.  Acho que sim. Ou então muitas mudanças aconteceram na maneira de viver. Há pouco, muito pouco, era como nos dias de hoje. Como era, lembram? O que mudou, por que mudou tanto assim? Nada pode tirar o seu valor; é preciso descobrir o porquê da mudança. Fico aqui pensando: como exercitar uma reflexão permanente sobre os problemas das mudanças? É lastimável que nós, por aqui, por agora, estamos deixando escorrer entre os dedos nossa história, nossa honra, nossa memória e o nosso real valor. Será que vamos ter que presenciar novas perdas? Novas mudanças? E isto vale para todas as coisas: efêmeras e perenes, presentes e futuras.

Fernando de Miranda Jorge - Jacuí/MG / E-mail: fmjor31@gmail.com