Publicado em 08/04/2014 - geral - Da Redação
Evento estimula negócios e gera mais de 14 mil capacitações em gestão de micro e pequenas empresas
No terceiro piso do Minascentro, 105 expositores mostraram seus produtos e serviços, em busca de parceiros e consumidores. E negócios foram fechados, ou, no mínimo, agendados. Foi o caso da empresa Fitlaser, instalada no Padre Eustáquio, em Belo Horizonte, que fabrica e vende máquinas para confecção de peças artesanais como fuxico, flores, cortinas, tapetes, colares e tiaras. Cada máquina produzida pela empresa custa R$576,00 e, somente na feira, 10 foram vendidas.
O proprietário, João Lobato Neto, informou que a Fitlaser já participou de feiras semelhantes em 23 estados. “Perdi a conta, mas, com certeza, já estivemos em mais de 100 feiras do Sebrae”. Há 30 anos no mercado, e há 11 fabricando a “máquina de fuxico”, Neto emprega 16 pessoas e não pensa em abandonar as Feiras do Empreendedor tão cedo: “É um grande canal para divulgarmos nossos produtos”.
A paulista Rimaq, também fabricante de máquinas para diversos fins, com preços entre R$1,45 mil e R$16,9 mil, é outra que não perde a Feira. Aliás, conforme explica o gerente, Vanderlei Soares, “a gente só expõe em Feira do Sebrae, por todo o Brasil”. Entre outros produtos, as máquinas da Rimaq fabricam e estampam chinelos, camisetas, almofadas, vidros e azulejos. A empresa soma 70 empregados e alguns tornaram-se parceiros. Andréia Bassan é um exemplo: “Comecei só enfeitando chinelos; hoje tenho minha máquina e exponho nos eventos do Sebrae há dois anos”.
A Feira do Empreendedor também ofereceu orientação para quem queria formalizar os negócios. É o caso da cabeleireira Fátima Maria de Araújo, 38 anos, que saiu de Vespasiano, na Grande BH, disposta a mudar de vida. “Quero dar um rumo certo ao meu negócio, por isto vim ao Sebrae e estou muito feliz com o que vi e aprendi aqui”, disse.
O evento sediou ainda a Rodada de Negócios, nos dias 1º e 2 de abril. O encontrou reuniu 23 empresas compradoras e 107 fornecedores de micro e pequenas empresas mineiras e gerou R$ 26 milhões em expectativas de negócios.
Aprendizado
Cerca de mil pessoas passaram pelas 56 oficinas de artesanato oferecidas na Feira do Empreendedor. Elas aprenderam técnicas de produção manual de peças como, mandalas, bolsas de mão, marcadores de livro, flores e instrumentos musicais.
A gaúcha radicada em Minas, Laise Liara Loureiro, 53 anos, professora e empresária, buscou nas oficinas aprendizados para incrementar a renda quando se aposentar. Ela esteve em todos os dias do evento, sempre acompanhada da neta, Laura, de 10 anos. “Estou perdendo a visão e minha neta é minha ajudante imprescindível. Além disso, ela é apaixonada por artesanato”, diz. Tal avó, tal neta. “Artesanato é uma forma de se expressar”, conclui a menina.
Também na Feira, mais de 700 pessoas buscaram atendimento sobre o Microempreendedor Individual (MEI) Elas receberam orientação sobre como formalizar a atividade ou para melhorar a gestão dos negócios nesta categoria empresarial que abrange negócios com faturamento anual até 60 mil reais, com no máximo um empregado.
Tiago Igor Adelino Barbosa, 29 anos, é um dos que buscou atendimento. Ele trabalha com instalação de rastreadores de veículos via satélite e atende empresas em Belo Horizonte, Goiânia e Curitiba. “Trabalhava fichado numa empresa e fazia meus bicos por fora, mas decidi trabalhar por conta própria. Pedi contas e estou correndo atrás”, conta. Tiago estava há um ano na informalidade, até decidir ter seu próprio CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) como MEI. “Quero fazer as coisas da forma certa, com direitos e obrigações em dia”, diz.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sebrae Minas