Publicado em 26/04/2013 - geral - Da Redação
No Dia Nacional de Alerta dos Planos de Saúde (25/04), a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG) realizou uma audiência pública para debater a relação entre médicos e planos de saúde privados. O presidente da comissão, deputado Carlos Mosconi, expressou a preocupação com a atual situação do atendimento médico suplementar, com a baixa remuneração e com a falta de condições de trabalho.
“A qualidade no tratamento médico está sendo prejudicada por causa de uma remuneração inadequada e pela infraestrutura deficitária. Um exemplo é o pediatra, que está deixando de existir. Por receber pouco, esse profissional está migrando para outras especialidades. Temos que lutar para que isso não aconteça”, lamentou Mosconi.
Para tentar solucionar o problema, o presidente da Federação Nacional das Cooperativas Médicas (Fencom), Luis Edmundo Noronha Teixeira, sugeriu que seja necessária a adesão imediata de todos os planos de saúde suplementares à Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). “Essa é uma referência mínima para remuneração do médico”, defendeu.
Já o presidente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, Cristiano Gonzaga da Matta Machado, questionou a não aprovação pelo Governo Federal do investimento mínimo em saúde de 10% de sua receita corrente bruta. “Se tivermos um sistema público forte e que dê atenção à saúde da população, o sistema suplementar terá que se adequar”, explicou.
Paralisação - A classe médica aproveitou a data para suspender o atendimento eletivo para os pacientes de planos de saúde nessa quinta-feira. Em Minas, 28 mil profissionais atendem por planos de saúde. No Brasil, o número aumenta para 160 mil.
O diretor da Associação Brasileira de Medicina de Grupo Nacional, Felipe Rossi, concordou que a estrutura hospitalar de Belo Horizonte está deficitária, mas defendeu que há uma preocupação por parte das operadoras de ampliação e aperfeiçoamento. O diretor afirmou que compreende a dificuldade vivenciada pelos médicos, mas que há falta de recursos.
O diretor da Amil, Antônio Jorge Kropf, defendeu ao definir a remuneração, que seja necessário considerar o compromisso com o resultado. “É um erro importante só falar de remuneração sem falar no compromisso com o resultado”, disse.
Texto: Janaina Massote - Assessora de Imprensa do dep. Carlos Mosconi (PSDB)