Mulheres retiram o rótulo de “sexo frágil” e assumem cargos considerados masculinos

Monica Leonardi, executiva da La Spaziale, é um exemplo de que o mercado cafeeiro pode ser somado a partir de um toque feminino

Em um setor conhecido por ter, em sua maioria, homens no comando, Monica Leonardi, é uma das mulheres que mudaram a história do mercado cafeeiro.  Ao comandar a segunda maior empresa voltada para a fabricação de máquinas de café expresso, a italiana La Spaziale, ser a protagonista de um importante negócio no seguimento,  desde  1987, e  receber o primeiro título de juíza internacional de café, Monica é reconhecida pela dedicação em seu trabalho, por sua valorização de produtos nacionais, por proporcionar aos clientes o que tem de melhor por trás de uma xícara de expresso perfeito e pela determinação em transmitir todo conhecimento adquirido. 

“Quanto mais pessoas tiverem o conhecimento do que é um bom café, mais seletivo ficará o mercado. Assim, o consumidor é quem ditará o que é realmente de qualidade”, explica.

Até então, o mercado de café não reconhecia o “sexo frágil” como atuante no setor. Foi preciso paixão pelo ramo, agilidade para lidar com situações simultâneas e um projeto inovador para que  as mulheres tomassem seu espaço no segmento. Tanto trabalho foi necessário para conquistar espaço e respeito em um mercado majoritariamente masculino. Um  dos seus grandes desafios foi palestrar para  mais de 500 pessoas em um prestigiado congresso internacional sobre o setor, em que apenas  10% dos presentes eram mulheres.

“A questão é você ganhar a confiabilidade e o respeito no mercado. As mulheres têm conquistado espaço de forma diferente dos homens, porque  possuí a sensibilidade muito mais aflorada, e isso é uma vantagem no mundo dos negócios. A facilidade de coordenarmos inúmeras tarefas simultaneamente e com eficiência também é outro diferencial”, explica Leonardi.

O empenho é dedicado à busca pelo expresso perfeito. Nesta procura, Monica quebra paradigmas, exerce a capacidade de liderar e se destaca por sua visão empreendedora. Como mulher, não  deseja competir com os homens e sim  somar na gestão que envolva  a expansão do setor como um todo,  suas cadeias produtivas e  econômicas.

ASCOM