Publicado em 21/09/2015 - geral - Fernando de Miranda Jorge
Que velho que nada. Antigo? Também não. Para as pessoas, o que vale é a condição e o estado de espírito dele – sempre jovem. É a melhor idade? A palavra é mágica. Velho é lembrança, é passado... está na cabeça de algumas pessoas. Ah! Quem poderia fazer isso com propriedade seria meu avô nos idos de 30 e 40; seria meu sogro, meu pai nas décadas de 60/70/80. Solícito, o velho tem prazer em servir. Está sempre pronto, para tudo. Procura ser útil. Encarna o respeito. Veja só: num grupo de pessoas vai logo “lascando” um “SENHOR”. E é tão bom ser respeitado, ser consultado. Escutado, então, nem se fala. Mas isto não é raro hoje em dia; estão voltando ao passado, quando o velho era o guru e o saber. A vida gira. Sapiente, o velho sempre tem uma solução: graças às experiências vividas e os erros superados. É lógico, tem suas dificuldades para acompanhar a velocidade do dinamismo tecnológico: Internet, WhatsApp, E-mail, Facebook, Eutonia e equilíbrio muscular, Reiki Holístico, energia vital, e por aí afora. Acha que não sobrou nada? Sobrou, sim! Sobrou uma vontade danada de viver mais e mais, junto às evoluções da modernidade com seus desafios, descobertas, curas e transformações do novo milênio que há de vir, para poder dialogar com as pessoas, aprendendo e trocando experiências. É o que se faz hoje com os velhos: atividade neles e vida viva. Aí, o tempo passa, mas não voa em brancas nuvens, e é aproveitado. Melhor ainda é ficar com Chico Buarque, que compôs: O velho sem conselhos/De joelhos/De partida/Carrega com certeza/Todo o peso/Da sua vida.
Fernando de Miranda Jorge - Jacuí/MG / E-email: fmjor31@gmail.com